A telemedicina veio para ficar e o Covid-19 acelerou sua implantação e aceitação, afinal ajudou a salvar vidas durante a pandemia. As health techs são necessárias e uma forte aliada à medicina preventiva, já que 80% das idas ao Pronto Socorro podem ser tratadas por atendimento virtual. Segundo a maior plataforma de telemedicina da América Latina, Conexa Saúde desde janeiro foram mais de 600 mil consultas realizadas.
Mas qual será o cenário pós-pandemia?
Para muitos a telemedicina significa algo emergencial, não uma prática que pode ser incluída à rotina. Paula Gallo, COO da Conexa Saúde, entende que é preciso construir um ambiente seguro e acolhedor, principalmente para os idosos. No entanto, com mais de 70 instituições parceiras aos serviços da startup, dentre elas Unimed, Afresp, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Hospital Santa Paula, entre outras grandes organizações, Gallo reconhece o grande desafio à frente.
Apesar da tecnologia ter otimizado cada aspecto de nossas vidas, há uma resistência em relação ao tratamento médico/paciente que deve ser superada, não só pela medicina preventiva, mas pelas enormes adversidades econômicas e sociais. Atendimentos virtuais jamais substituirão consultas presenciais necessárias, no entanto a telemedicina provou sua eficiência.
Paula Gallo listou três pilares fundamentais que tornaram a telemedicina da Conexa Saúde em uma experiência confiável para mais de 4 milhões de pessoas em menos de seis meses.
- Profissionais da saúde treinados e preparados para transmitir a compaixão durante o atendimento ao paciente por tecnologia será um legado desta pandemia. São tempos sombrios que demandam atenção, paciência e acolhimento. É preciso se adequar aos pacientes, idosos talvez tenham menos dificuldades com consultas por telefone, enquanto alguns jovens sintam-se melhor por atendimentos por mensagens.
- Qualquer plataforma de health care deve ser confiável. Estar altamente preparada para um atendimento de qualidade. De janeiro até junho a Conexa Saúde contabilizou mais de 600 mil consultas com 5% de atendimentos interrompidos e 50 bugs. A telemedicina deve ser personalizada do inicio ao fim. Desde o primeiro contato ao e-mail enviado. Não podem haver erros com receitas ou instruções.
- Com o avanço da telemedicina para salvar vidas durante a pandemia, houve uma entrega “forçada” aos pacientes, bem como aos profissionais de saúde. Agora é preciso retomar alguns protocolos e reorganizar cada área. A população precisa ser ensinada, instruída à telemedicina, bem como assistida quando houver a necessidade.