Os cuidados com a infância e adolescência são essenciais ao desenvolvimento sustentável do país. Por esse motivo, diante de seu compromisso centenário com a vida e a saúde da criança, do adolescente e do jovem, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) encaminhou para a Equipe de Transição do Governo Federal Eleito documentos relacionados às questões de relevância na área da saúde deste público, consideradas fundamentais para o futuro de uma nação. O envio atende aos convites e às solicitações apresentadas em duas reuniões recentes, coordenadas pelos drs. Ludhmila Hajjar e Arthur Chioro, respectivamente.
“A SBP sempre se colocará à disposição no que for necessário para contribuir com o debate político, através de propostas que busquem a plena proteção, a garantia de bem-estar e o estímulo ao desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. É nossa prioridade promover melhorias na assistência à população e atuar na valorização profissional da especialidade”, ressalta o presidente da SBP, dr. Clóvis Francisco Constantino.
Contemplando os âmbitos da Saúde, Educação e Direitos Humanos, os documentos apresentados pela SBP à equipe indicam algumas prioridades para o governo federal, entre elas a proposta de atuação do pediatra na Atenção Primária à Saúde (APS); a valorização do Plano Nacional da Primeira Infância e as sugestões à Equipe de Direitos Humanos, já encaminhados a essa equipe pela Rede Nacional da Primeira Infância (RNPI); e a criação de Departamentos de Atenção às Doenças Raras, a fim de ampliar a discussão e dar visibilidade ao tema.
IMUNIZAÇÃO – Além disso, a SBP também integrou um grupo de entidades que apresentaram à Equipe de Transição recomendações para melhorias e avanços para o Programa Nacional de Imunizações (PNI). No documento – relatado pelo presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, dr. Renato Kfouri, e assinado por representantes de diversas entidades, os especialistas pontuam recomendações com aspectos estruturantes, de comunicação e técnicos relacionados ao PNI para a recuperação das taxas de imunização no Brasil.
Além da SBP, também assinam as recomendações as Sociedades Brasileiras de Imunizações (SBIm) e Infectologia (SBI), o Instituto Questão de Ciência, a Pastoral Familiar do Brasil – CNBB, a Pastoral da Criança, a Associação Brasileira de Médicos Católicos, a Federação Brasileira de Ginecologistas e Obstetras (Febrasgo), a Organização Panamericana da Saúde (OPAS-OMS), o Rotary International, o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), o Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde – ICEPI, o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Departamento de Saúde Coletiva Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo, a Universidade Federal de Goiânia e a Fiocruz.
O grupo propõe um grande pacto coletivo para controlar, eliminar e erradicar doenças preveníveis. Nesse sentido, os representantes se colocaram inteiramente à disposição para detalhar cada uma das propostas enviadas, assim como engajar suas organizações no avanço e reconquista das altas coberturas vacinais.