Segundo o relatório da UNAIDS, programa das Nações Unidas que tem como função criar soluções e ajudar países no combate à AIDS, em 2020 ocorreu 1,5 milhão de novas infecções de HIV no mundo. No total, mais de 37 milhões de pessoas vivem com o vírus causador da AIDS. Na análise feita pela UNAIDS, algumas localidades estão enfrentando a pandemia da Covid-19 juntamente epidemia da AIDS, dificultando diagnósticos e tratamentos.
O laboratório DB Diagnósticos disponibiliza exames para o diagnóstico e monitoramento da infecção. O acompanhamento por meio da carga viral mede a eficácia do tratamento e auxilia na decisão de qual antirretroviral pode ser utilizado pelo paciente. Para o Dr. Carlos Aita, médico patologista clínico do laboratório, o paciente que realiza um monitoramento da doença ganha qualidade de vida.
“Hoje o DB consegue apontar, por meio de teste de quantificação PCR, qual a carga viral da infecção pelo HIV. Além disso, existe outro exame que detecta a resistência aos antirretrovirais pelos pacientes. Isso possibilita uma melhor orientação para o tratamento e a seleção de terapia de resgate nos casos em que existe falha terapêutica contra a evolução da doença”, explica.
Na indicação da terapêutica antirretroviral, Aita aponta outro exame associado à progressão da doença que é a alteração do tropismo do HIV, ou seja, a capacidade do vírus de penetrar e infectar células específicas do hospedeiro através da ligação de correceptores tais como CCR5 ou CXCR4. “Esse tipo de teste é importante na decisão do uso de antirretrovirais conhecidos como antagonistas CCR5, que inibem a entrada do HIV em células específicas do organismo”, complementa.
Atualmente, cerca de 84% das pessoas vivendo com HIV sabem que são soropositivas. Dessas, 87% têm acesso ao tratamento e aproximadamente 90% alcançam uma diminuição na carga viral. Para o médico a campanha ‘Dezembro Vermelho’, mês de conscientização e luta contra a epidemia da AIDS, é importante para colocar em prática as ações emergenciais para minimizar e/ou erradicar a doença o quanto antes.
“As perspectivas no tratamento tem evoluído bastante. O acompanhamento da doença feito por meio de exames, permite um direcionamento correto para o uso dos medicamentos, possibilitando desse modo que a pessoa soropositiva possa levar uma vida muito mais próxima ao normal hoje em dia”, finaliza.