A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) promove durante todo este mês a campanha ‘Outubro Verde: Combate à sífilis congênita’, uma iniciativa do Grupo de Trabalho Prevenção e Tratamento da Sífilis Congênita da SPSP em conjunto com a Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo e Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp). A campanha foi lançada em 2016 com o objetivo de discutir a situação da doença no Estado de São Paulo (e no Brasil), devido ao aumento progressivo das taxas de transmissão vertical, representando um enorme desafio aos pediatras.
“Se for diagnosticada no pré-natal, conseguimos evitar a transmissão da sífilis para o feto. Por isso, também, temos uma interface com a obstetrícia, por meio de uma parceria com a SOGESP (Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), e com a Coordenação Estadual de DST-Aids”, esclarece Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, coordenadora do GT Prevenção e Tratamento da Sífilis Congênita da SPSP e da campanha Outubro Verde.
Esse aumento na incidência de uma doença, que é facilmente prevenível e tratada, desde que seja feito o diagnóstico, é um fato preocupante e a SPSP quer fazer esse alerta à população e chamar a atenção para a importância do acompanhamento adequado do pré-natal pela gestante e, assim, realizar o diagnóstico e o tratamento o mais cedo possível. “Se a doença for ignorada, pode levar a sequelas irreversíveis no bebê e até causar sua morte. Por isso, é fundamental que se discuta essa moléstia tão antiga, mas que, nos dias atuais, continua tão presente”, afirma Claudio Barsanti, coordenador das Campanhas da SPSP.