Com o envelhecimento da população, cardiologistas estão percebendo um aumento de casos de casos de estenose aórtica na população idosa. A doença provoca a calcificação da válvula aórtica, dificultando a passagem do sangue para o corpo. Estima-se que cerca de 4,5% das pessoas com mais de 75 anos tenham esse problema. Um procedimento relativamente novo que vem sendo utilizado nesses casos é o implante transcateter de válvula aórtica (TAVI, sigla em inglês), onde é implantada uma prótese no lugar da válvula danificada. Detalhes do procedimento serão debatidos nesta sexta (17), no Simpósio Satélite Rede D’Or São Luiz, que integra a programação do 29º Congresso Pernambucano de Cardiologia, que ocorro no Mar Hotel, em Boa Viagem (CE).
Normalmente, por a maioria dos pacientes serem idosos com outras doenças associadas, um procedimento cirúrgico convencional para a troca da válvula não é indicado, tornando o tratamento inviável. Mas com a TAVI, a válvula pode ser substituída através de um procedimento semelhante a um cateterismo, ou seja, de maneira minimamente invasiva e sem a necessidade de uma cirurgia convencional.
“Com a técnica, ampliamos a possibilidade de tratar mais pacientes, já que os riscos da cirurgia convencional são reduzidos e também se reduz a mortalidade dos pacientes pela doença”, explica coordenador de cardiologia do Hospital Esperança Recife, Marco Antônio Alves.
Com a ajuda das imagens do cateterismo e ecocardiograma, o médico faz o implante da prótese. Através da técnica, o fluxo sanguíneo é restaurado e o coração volta a contrair o sangue com mais eficácia, devolvendo ao paciente qualidade de vida.
Entre os principais sintomas da estenose aórtica estão tontura, desmaio, dor no peito, falta de ar, sopro cardíaco, arritmias e até mesmo risco de morte súbita. O problema é detectado através de exames como ecocardiograma ou o próprio cateterismo.