A campanha “Novembro Prateado – Direitos das Crianças e Adolescentes: somos todos iguais!” nasceu para proteger e zelar pelos direitos dos nascituros, crianças e adolescentes, muitas vezes esquecidos e desrespeitados. O objetivo da campanha não é apenas chamar a atenção da população sobre o tema, mas também criar mecanismos de defesa que garantam esses direitos, desde o nascimento até a entrada na vida adulta.
“Mesmo tendo alguém que responda por seus direitos e deveres, as crianças e os adolescentes podem ser expostos a situações de risco. Isso porque, embora estejam sob a tutela de um adulto responsável, esses direitos não pertencem aos pais, mas aos filhos, por isso é muito importante que a comunidade em geral e o Estado estejam atentos para situações nas quais os responsáveis possam, de alguma forma, trazer prejuízo à criança ou ao adolescente”, esclarece o pediatra Claudio Barsanti, presidente do Núcleo de Estudos dos Direitos da Criança e do Adolescente da SPSP e coordenador da campanha Novembro Prateado – Direitos das Crianças e Adolescentes: somos todos iguais!
Um exemplo bastante atual, segundo o médico, é o problema da recusa vacinal – quando os pais ou responsáveis, seja por uma questão ideológica, religiosa ou por quaisquer outros motivos, deixam de levar seus filhos para serem vacinados. “Este ano, a baixa cobertura vacinal na faixa etária pediátrica atingiu índices preocupantes, ameaçando o retorno de algumas doenças anteriormente erradicadas. No entanto, essa criança não opinou se quer ou não ser vacinada, até porque não tem discernimento sobre os benefícios da vacinação. Pela falta das vacinas, ela acaba sendo exposta ao risco de contrair alguma doença que pode ocasionar sequelas graves e até a morte”, alerta Barsanti.