Graças a alta capacidade de divisão e renovação das células-tronco, o uso da terapia celular tem sido uma alternativa eficaz no combate de diversas doenças. Tendo como principal objetivo a regeneração de tecidos celulares do corpo, que atuam não somente no tratamento, mas também na prevenção de certas patologias, conforme estudos sobre o tema.
O procedimento, consiste na aplicação de células-tronco cultivadas ou modificadas diretamente na corrente sanguínea do paciente, resultando na estimulação do sistema imune e também na formação de novas células especializadas.
Quanto ao material transplantado, ele pode ser proveniente de duas fontes: alogênica, quando é originada de um doador compatível ou autólogo, que consiste no uso das células retiradas do próprio paciente.
Segundo o Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, é preciso conhecer as características específicas de cada doença para poder definir qual a melhor estratégia terapêutica a seguir. “As células-tronco podem agir no combate a doenças oncológicas, medulares, distúrbios do sangue, imunodeficiências, alterações do metabolismo e doenças degenerativas. Podem ser benéficas também em casos de osteoporose, doenças cardíacas, displasia do timo, traumatismo craniano e anoxia cerebral, promovendo significantes melhoras, ou até mesmo, a cura”, informa o médico.
Possível eficácia no combate ao Covid-19
Recentemente, pesquisadores chineses iniciaram estudos analisando a eficácia das células-tronco mesenquimais (CTMs), extraídas da polpa dentária humana, no combate à pneumonia causada pela nova Covid-19.
Segundo as pesquisas, a administração do material de forma intravenosa em pacientes diagnosticados com o novo Coronavírus, apontou uma melhora significativa do microambiente pulmonar, reparação tecidual e proteção das células epiteliais alveolares em apenas dois dias de tratamento.
Além disso, as CTMs possuem a capacidade de se diferenciar em vários outros tipos de células e ainda possuem habilidades imunorreguladoras, que promovem a formação de novos vasos sanguíneos e a inibição da resposta inflamatória.
Os estudos são uma iniciativa do Renmin Hospital of Wuhan University, em Wuhan, na China, com a colaboração dos laboratórios Beijing SH Bio-Tech Corporation, em Pequim, e Utooth Biological Technology Co., Ltd, em Hubei, tendo sua conclusão prevista para 2021.