Erradicada no Brasil em 1994, a poliomielite voltou a ficar no radar dos órgãos de saúde em função da baixa cobertura vacinal no país. Embora a meta estipulada pelo Ministério da Saúde seja de imunizar cerca de 95% das crianças na faixa etária entre um e cinco anos, até a primeira quinzena de outubro, esse índice alcançou apenas 65%, muito aquém do esperado. A preocupação com a volta da doença, que compromete gravemente o sistema nervoso e causa paralisia infantil, é real e é diante desse contexto que a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realiza, entre os dias 20 e 24 de outubro, o V Simpósio Internacional de Síndrome Pós-Poliomielite.
O evento, que será realizado de forma híbrida (online e presencial), tem como objetivo debater e discutir temas referentes aos desafios permanentes vivenciados pelos(as) pacientes que apresentam sequelas da poliomielite, entender as diferentes maneiras de lidar com esses desafios, além de apresentar as perspectivas atuais da síndrome pós-poliomielite, segundo a visão e abordagem multidisciplinares, e as futuras pesquisas.
A programação do simpósio inclui a troca de conhecimento e de experiências oferecidas pelo Ambulatório de Cuidados Integrativos da Unifesp, espaço de diálogo reservado para associações de países latinos que tratam do tema, além de abordar outras questões ligadas à síndrome, como a psicomotricidade.