A Disfunção Temporomandibular (DTM) é um problema muito comum que afeta a Articulação Temporomandibular (ATM) e estruturas adjacentes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, 40% a 75% da população adulta possui um sinal de DTM, 33% apresentam um sintoma da disfunção e 15% da população necessita de tratamento.
A grande maioria dos pacientes acabam melhorando com tratamentos simples como uso de placa, fisioterapia e mudança de hábitos, porém uma pequena parcela que não respondem bem a esse tipo de tratamento precisa ser submetido ao tratamento cirúrgico.
“Até pouco tempo atrás a cirurgia precisava de corte na face, com maior chance de complicações como a paralisia facial, e o tempo de recuperação era maior. Hoje com os chamados tratamentos minimamente invasivos para a ATM, é possível fazer quase tudo o que era feito com somente 2 a 3 pequenos furos, por onde são introduzidos uma ótica e os instrumentos”, afirma o Dr. Fábio Ricardo Loureiro Sato, cirurgião especialista em bucomaxilofacial.
De acordo com o doutor, esse tipo de procedimento é chamado de Artroscopia da ATM, na qual permite que o paciente tenha alta do hospital rapidamente, e em no máximo 3 dias o já tenha retornado às suas atividades diárias de estudo e trabalho.
Os principais sintomas relatados pelos pacientes com Disfunção Temporomandibular são a dor próximo a região do ouvido, dificuldade de abertura de boca, estalos e travamento bucal. Outras queixas como perda auditiva, zumbido e dor de cabeça também podem estar presentes.
“São diversos os motivos que levam a esse problema, entre eles dificuldades reumatológicos, hormonais e hábitos como os de apertar e ranger os dentes, por isso, adultos jovens e mulheres são os mais afetados”, afirma o cirurgião bucomaxilofacial.
O Dr. Fábio Sato é pioneiro no desenvolvimento de procedimentos de reposicionamento discal por videocirurgia, um dos problemas mais comuns nos pacientes com DTM. Suas técnicas desenvolvida junto com sua equipe foi recentemente publicada na mais importante revista europeia sobre o assunto. “Foi uma grande alegria para o grupo e um reconhecimento para a ciência brasileira que podemos desenvolver técnicas que agora serão empregadas em pacientes por todo o mundo para o tratamento das DTMs”, finaliza.