Global Summit Telemedicine & Digital Health mostra a nova medicina para o Brasil

Inovações tecnológicas estão transformando a maneira como os procedimentos médicos são realizados atualmente. Em Israel, por exemplo, já há um aparelho vestível, que substitui checagens manuais e monitora pessoas hospitalizadas 24 horas por dia, 7 dias por semana, prevenindo eventos adversos e otimizando o tratamento domiciliar em pacientes crônicos.

Esta e outras novidades para melhorar resolubilidade e racionalizar a assistência em saúde serão apresentados por Pini Ben-Elazar, diretor executivo da Mor desde 2003, durante o Global Summit Telemedicine & Digital Health, que acontece de 3 a 6 de abril, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP).

Idealizado pela Associação Paulista de Medicina, em parceria com o Transamerica Expo Center, o maior encontro em telemedicina e soluções digitais para a saúde da América Latina abordará avanços digitais, como o machine learning, telemedicina, inteligência artificial, aparelhos vestíveis, entre outros. Entre as presenças confirmadas, estrelas como o doutor alemão Andreas Keck, que é fundador do Strategy Institute for eHealth, dr. Daniel Kraft (EUA), presidente de Medicina da SIngularity University e fundador e presidente do Exponential Medicine, dr. Frank Lievens (Bélgica), secretário executivo da International Society for Telemedicine & eHealth, dr. Robert Wah (EUA), diretor médico global da DXC Technology e ex-presidente da Associação Médica Americana.

Executivo de negócios com mais de 20 anos de experiência em liderança para mudanças e crescimento estratégico no setor de Saúde e MBA pela Johnson & Wales University, de Rhode Island (EUA), Pini e outros grandes nomes da medicina compartilharão suas experiências em países maduros para debater os mais atuais e relevantes temas do setor.

Confira a entrevista inédita com Pini Ben-Elazar:

O que se busca hoje em termos de soluções para monitorar pacientes a distância?

É um avanço importante substituir checagens manuais e fornecer monitoramento automatizado, a nível médico, 24h por dia, 7 dias por semana, de indicadores vitais para promover intervenção oportuna em caso de necessidade, enquanto garante total mobilidade do paciente. O objetivo é transformar o monitoramento de sinais vitais para prevenir eventos adversos em pacientes agudos hospitalizados e otimizar o tratamento domiciliar de pacientes crônicos.

A carência ou falhas de serviços de resgate geram respostas tardias ou inadequadas, o que resulta em eventos adversos graves ou morte. As tendências dos sinais vitais, com o tempo, podem fornecer alertas precoces e identificar pacientes deteriorados. Atualmente, contudo, enfermeiras realizam checagens manuais a cada 4-8 horas, usando monitores incômodos de cabeceira que não permitem o monitoramento contínuo ou a mobilidade dos pacientes, deixando 80% dos hospitalizados sem atendimento entre turnos.

No geral, como vê o papel da nova tecnologia no mundo da saúde atualmente? Quais benefícios pode trazer?

A saúde digital e as tecnologias médicas emergentes vêm salvando uma quantidade incontável de vidas e melhorando a qualidade do cuidado de milhões de pacientes. Novas tecnologias, de registros médicos eletrônicos a cirurgiões robóticos, tiveram um grande impacto no ecossistema da medicina enquanto elas melhoram significantemente o fluxo clínico do diagnóstico do paciente ao tratamento. Novas tecnologias médicas ajudam a personalizar o tratamento, melhorar os resultados médicos, aumentar a segurança do paciente, tratar pessoas em ambientes rurais e, com certeza, facilitar o fluxo clínico para diminuir o fardo dos profissionais. Algumas tecnologias podem diminuir custos médicos enquanto outras fornecem cuidados significantemente melhores não apenas salvando vidas, mas aumentando a qualidade de vida para milhões de pacientes com condições crônicas.

Pode exemplificar experiências usando essa plataforma que deram certo?

Já há o monitoramento de pacientes agudos para hospitalizados que estão em risco. Eles podem se beneficiar do monitoramento contínuo que inclui acompanhamento no pós-operatório, ou em condições como diabetes ou hipertensão, ou para insuficiência cardíaca ou renal.

Aliás, o monitoramento domiciliar contínuo pode rastrear as variações horárias da pressão arterial e identificar mudanças nas tendências vitais em resposta ao tratamento, para permitir a personalização do tratamento personalizado correto para cada paciente.

Redação

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