As infecções hospitalares são eventos indesejados relacionados com a permanência de pacientes nos hospitais. A ocorrência de infecções é influenciada por vários fatores que favorecem agentes infecciosos, como bactérias e vírus, a causarem uma nova doença no paciente internado.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, 14% dos pacientes internados em hospitais morrem devido a infecções relacionadas a assistência à saúde.
O risco de infecção hospitalar é uma preocupação constante para os profissionais de saúde. Afinal, o impacto é enorme, principalmente em custo da assistência, tempo de internação e, principalmente, mortalidade. Por isso, no próximo dia 15 de maio, acontece o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares, que visa conscientizar, prevenir e reduzir os números de casos de infecção.
São considerados pacientes de risco, ou seja, os mais vulneráveis, as crianças, os idosos, os portadores de doenças que comprometem a imunidade ou quando submetidos a procedimentos invasivos, como cirurgias ou uso de sondas e cateteres. “O paciente que está na UTI, por exemplo, em uso de sondas e cateteres, com mecanismos de defesa debilitados e flora intestinal alterada pelo uso de antibióticos, tem um risco bastante aumentado para uma infecção se instalar”, comenta o infectologista Dr. Adelino de Melo Freire Júnior, coordenador do Serviço de Controle de Infecções do Hospital Felício Rocho, de Belo Horizonte (MG).
Existem regulamentações que definem os cuidados necessários para a prevenção de infecções hospitalares e os estabelecimentos de saúde são vistoriados regularmente pela Vigilância Sanitária, garantindo que sejam cumpridas.
Dentre as ações de prevenção, a higienização das mãos é a forma mais eficaz e econômica contra as infecções hospitalares. Segundo a OMS, se a medida fosse adotada corretamente, os casos de infecção diminuiriam em 70%. De acordo com o infectologista, os profissionais de saúde e as visitas devem ter o cuidado de higienizar as mãos antes e após o contato com o paciente internado para, dessa forma, não servirem de vetores de transmissão e agentes infecciosos entre pacientes.