Já se passaram três anos desde o primeiro internamento de Lucas Camargo no Hospital Universitário Cajuru (HUC), em Curitiba (PR). Foi no dia 19 de novembro de 2018 que a vida do jovem mudou completamente, após ficar tetraplégico em uma queda de cama elástica. Desde então, se tornaram recorrentes as idas ao hospital 100% SUS e referência em traumas. Na terça-feira (30), ao sair para o passeio matinal no HUC, o paciente se deparou com a realização de um sonho: conhecer o heliponto do hospital e o helicóptero do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA). Tudo graças a enfermeiros e representantes da pastoral do hospital.
Há uma semana, uma pneumonia bacteriana grave e uma sepse fizeram Lucas, de 20 anos, retornar ao hospital para receber cuidados médicos. “Fiquei com medo de morrer. Mas são as dificuldades que me mostram como cada momento é especial, até mesmo aqui dentro do hospital. Logo que fiquei melhor, comentei com a equipe do hospital sobre a minha vontade de ir até o heliponto, e acabei ganhando muito mais do que pedi. Foi inesquecível conhecer e até ganhar um boné do BPMOA, uma instituição da qual sonhava fazer parte”, relata Lucas.
Esperança renovada
A iniciativa partiu da equipe de enfermeiros e da pastoral do hospital, que perceberam a paixão do jovem pela aeronave e se mobilizaram para tornar esse sonho uma realidade. “A gente faz de tudo para melhorar o dia dos nossos pacientes, então foi fácil saber como atender ao desejo do Lucas. A nossa vontade é fazer a diferença e realizar o sonho de pacientes internados na nossa instituição. Por isso, não medimos esforços para fazer o bem e levar alegria”, explica a coordenadora da pastoral e do voluntariado dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, Nilza Brenny.
Com tantos internamentos, o jovem passou a considerar os profissionais do Hospital Universitário Cajuru como parte da sua família. “Quando venho para o hospital sei que minha saúde não está bem, mas também sei que vou encontrar profissionais queridos que guardo no meu coração”, conta Lucas. “Aprendi que, enquanto há vida, há esperança. Viver com a minha deficiência é difícil, mas isso não vai me parar. Eu continuo lutando pela vida e em todo lugar que vou espero levar apenas alegria”, se emociona.