Hospital São Vicente adquire novo mamógrafo digital

O câncer de mama é o mais incidente em todo o mundo. No Brasil, as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam mais de 66 mil novos casos somente em 2022. Felizmente, é possível fazer o diagnóstico em estágios iniciais pela mamografia, o que ajuda a reduzir a mortalidade.

“A mamografia é o único exame de imagem de mama capaz de reduzir a mortalidade. Um estudo publicado em 2020, no The Lancet, apontou que a mamografia a partir dos 40 anos pode levar a uma redução ‘substancial e significativa’ de 25% da mortalidade por câncer de mama durante os primeiros dez anos de acompanhamento”, revela a cirurgiã oncológica do Hospital São Vicente Curitiba (PR), Dra. Priscila Morosini.

Para oferecer um exame ainda mais avançado às pacientes, recentemente o Hospital São Vicente Curitiba adquiriu um aparelho de mamografia digital, que permite aquisição de imagens com mais rapidez e qualidade e menos exposição da paciente à radiação. Antes, o aparelho disponível na instituição era o digitalizado.

“Na mamografia digitalizada, os raios X atingem um cassete, que tem um dispositivo que é escaneado para a obtenção da imagem, e na mamografia digital, os raios X atingem um dispositivo no próprio aparelho de mamografia, não precisando passar pelo processo escaneamento, chegando para análise num tempo muito mais rápido e com menos exposição do paciente à radiação”, conta a médica radiologista do Hospital São Vicente Curitiba, Dra. Maria Fernanda Sales Ferreira Caboclo. O exame no novo aparelho pode ser feito tanto por pacientes particulares ou de convênios, como também é disponibilizado para as pacientes do SUS.

A mamografia é capaz de identificar lesão ainda não palpáveis e microcalcificações. O exame tem sua realização anual recomendada a partir dos 40 anos para todas as mulheres. “Algumas vão precisar iniciar antes pelo alto risco avaliado em consulta pelo especialista em oncologia mamária e saúde das mamas”, observa a Dra. Priscila Morosini.

O câncer de mama tem variadas causas, mas a idade é um dos fatores de risco mais importantes para a doença. “Porém, os hábitos de vida estão diretamente relacionados com aumento dos casos, entre outros fatores como história pessoal e familiar”, avalia a cirurgia oncológica.

Evolução da mamografia

O novo mamógrafo digital do Hospital São Vicente Curitiba também realiza o exame de Tomossíntese, ou Mamografia 3D, que possibilita uma avaliação mais precisa em alguns casos específicos, já que faz uma avaliação tridimensional da mama. “A tomossíntese facilita a interpretação  dos achados mamográficos, uma vez que permite uma melhor avaliação das  estruturas sobrepostas, sendo indicada, principalmente, no estudo de  mamas densas, onde a sobreposição das estruturas pode dificultar a detecção de pequenas lesões ou levar a falsos positivos, diminuindo, portanto, a realização de incidências adicionais, e com isso, evita a exposição do paciente à radiação desnecessária, à reconvocação dos pacientes e à realização de biópsias desnecessárias”, salienta a Dra. Dra. Maria Fernanda Sales Ferreira Caboclo.

Dra. Priscila Morosini explica que o exame da tomossíntese tem indicações específicas como “pacientes com antecedente pessoal de câncer de mama e alto risco familiar e nas pacientes com mamas densas”. “Existem algumas contraindicações para esse exame, por esse motivo deve ser orientado pelos especialistas”, completa a cirurgiã oncológica do Hospital São Vicente Curitiba.

Redação

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