Uma das doenças crônicas mais comuns que afeta crianças e adultos, a asma acomete 20 milhões de brasileiros, sendo que 5% desses pacientes têm asma do tipo grave, uma versão mais agressiva da doença que requer atenção e cuidados especiais. Quem sofre de Asma Grave têm maior número de exacerbações, crises de falta de ar que fazem com que o paciente tenha de procurar a emergência médica frequentemente, necessitando de internações hospitalares e, muitas vezes, cuidados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).
Segundo o pneumologista Dr. José Eduardo Cançado, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e membro da Comissão Científica de Asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a falta de ar, tosse, chiado e aperto no peito constantes na Asma Grave impedem o paciente de realizar tarefas corriqueiras e o faz ter de recorrer a altas doses de corticoides e outras terapias de apoio que nem sempre são eficazes no controle da doença. Os corticoides, inclusive, em doses elevadas, estão associados a uma série de efeitos colaterais graves, como diabetes, obesidade, hipertensão e osteoporose.
“O impacto social e econômico da Asma Grave é muito grande na vida dos asmáticos, já que a doença não controlada causa sintomas que não só debilitam fisicamente como afetam o lado emocional do paciente. Sem contar que a enfermidade também leva a faltas escolares e no trabalho, bem como afastamentos prolongados em razão da enfermidade”, conclui o médico.
A asma grave leva em média 4 anos para ser identificada quando surge em pacientes adultos. Embora seja uma doença crônica, que exige tratamento ao longo de toda a vida, em média 86% dos pacientes só procuram ajuda médica quando os sintomas da doença se agravam.
Para Raissa Cipriano, diretora da ASBAG (Associação Brasileira de Asma Grave), nem sempre as pessoas compreendem a gravidade dessa enfermidade e reconhecem que é necessário encará-la como qualquer doença crônica que exige tratamento contínuo ao longo da vida. “O caminho para mudarmos esse crítico cenário é conscientizar a população com informação de qualidade. Como associação, sabemos da importância de empoderar o paciente para que ele reconheça que a adesão ao tratamento e as mudanças de hábitos de vida são essenciais para que ele viva bem com a asma”, esclarece.
“O paciente precisa ter em mente que, apesar de não ter cura, a Asma Grave pode ser controlada. Para tanto, é necessário manter as consultas médicas em dia, realizar os exames de controle da doença e seguir o tratamento prescrito pelo médico pneumologista. Existem tratamentos eficazes e seguros, mas eles devem ser realizados de forma individualizada, atendendo as necessidades de cada paciente”, alerta o Dr. Cançado.
Os imunobiológicos mudaram o manejo de várias doenças autoimunes, caso da Asma Grave11,12. De última geração, esses medicamentos biológicos são indicados para tratar os casos da doença que não respondem ao tratamento convencional. Indicado como tratamento complementar de manutenção da Asma Grave, para pacientes adultos, adolescentes e crianças a partir dos 6 anos de idade, os imunobiológicos reduzem os sintomas da doença, melhoram a qualidade de vida do paciente, reduzem as visitas aos prontos-socorros e as internações hospitalares causadas pelas crises de asma.
Os medicamentos imunobiológicos para asma grave aprovados no Brasil pela ANVISA passaram a ter a cobertura obrigatória pelos planos de saúde desde que os pacientes cumpram critérios de elegibilidade para o tratamento. Dois desses medicamentos também foram incorporados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Campanha de conscientização
Para trazer informação de qualidade e conscientizar a sociedade sobre os perigos da Asma Grave, a GSK acaba de lançar uma segunda etapa da campanha @respire.liberdade. Desta vez, a proposta da ação é reforçar que o paciente com Asma Grave pode ter melhor qualidade de vida e viver bem com a doença, desde que se cuide devidamente, indo sempre ao médico e seguindo as recomendações desse profissional. É com informação que podemos empoderar as pessoas a controlar melhor a asma grave.