O Dia Internacional do Lúpus, ressaltado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 10 de maio, foi criado com o objetivo de desmistificar a doença, chamar atenção sobre o impacto que ela causa na vida dos pacientes, promover o diagnóstico precoce e incentivar as pesquisas e desenvolvimento de tratamentos para o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).
De acordo com Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, a doença é do tipo inflamatória crônica imunomediada, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos, rapidamente, ou de forma mais lenta e progressiva. “Pode ocorrer em qualquer idade ou gênero, porém é mais comum em mulheres. Por ser uma disfunção do sistema imunológico, que é responsável pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação, o paciente com Lúpus pode apresentar diferentes sinais e sintomas em diferentes órgãos”, explica.
A doença ataca vários tecidos do corpo, mas geralmente afetam o coração, o sistema nervoso e locomotor, os pulmões e rins. Dr. Nelson pontua que, dentre as possíveis formas de tratamento, as células-tronco mesenquimais do cordão umbilical se caracterizam como uma opção de tratamento para os pacientes com essa condição. “Essas células têm propriedades mediadoras, que podem regular o sistema imunológico e suprimir a resposta imune anormal contra os tecidos do corpo”, certifica.
O hematologista enfatiza que as células-tronco mesenquimais encontradas no sangue e tecido do cordão umbilical possuem diferentes potenciais de diferenciação e propriedades de regulação do sistema imune, o que viabiliza o controle de sua progressão. “Diversos estudos apontam que as células-tronco são extremamente efetivas na regressão de distúrbios e na aceleração da recuperação de enfermidades. A tendência é que de médio a longo prazo, seu uso seja mais disseminado à população”, assegura.
Por fim, o médico reforça que, para uma vida saudável, o paciente com Lúpus deve manter os cuidados especiais com a saúde, incluindo atenção com a alimentação, prática de atividade física e evitar condições que motivem o estresse. “Essas ações são indispensáveis, já que auxiliam a controlar as atividades inflamatórias do organismo, ajudam o sistema imunológico e minimizam os efeitos colaterais dos medicamentos”, conclui.