A oncologia pediátrica no Brasil tem um aliado importante, o Sistema Único de Saúde (SUS). A maior parte dos pacientes pediátricos com câncer depende do SUS para ter acesso ao diagnóstico e tratamento. No entanto, há muito para ser feito em conjunto com o poder público e gestores hospitalares regionais e locais, alerta a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE).
O acesso aos exames para garantir um diagnóstico preciso e oportuno é ponto fundamental, que necessita investimento e uma rede de atendimento estrutura de forma racional e acessível em tempo adequado. Garantir métodos complementares de investigação diagnóstica (exames laboratoriais, radiológicos, medicina nuclear, patologia, citogenética e biologia molecular) é crucial para confirmação do diagnóstico e estadiamento adequado, refletindo diretamente na decisão do tratamento recomendado, que levará a melhor chance de cura com a menor chance de morbidades agudas ou crônicas.
“Dar acesso aos quimioterápicos e imunoterápicos reconhecidamente eficientes para cura é um dever de todos nós, médicos e gestores. Vivemos um contexto de problemas graves: por um lado, desabastecimento de medicamentos fundamentais e que não têm substitutos e, por outro, a dificuldade de incorporação de novas tecnologias e medicamentos inovadores devido ao alto custo”, afirma Dr. Neviçolino de Carvalho, oncologista pediátrico e presidente da SOBOPE.