Anvisa aprova extensão do uso pediátrico da CoronaVac para crianças de 3 a 5 anos

Nesta quarta-feira (13), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em reunião colegiada, a extensão de uso emergencial pediátrico da vacina CoronaVac para a faixa etária de 3 a 5 anos. O esquema vacinal aprovado segue o mesmo protocolo que é aplicado em crianças maiores de 6 anos e adultos, com mesma dosagem e intervalo de 28 dias entre aplicações.

Após aprovação pela Anvisa, o Butantan espera agora que o imunizante seja incorporado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, de acordo com a demanda necessária e mediante contratação.

A CoronaVac atendeu às necessidades do povo brasileiro nos momentos mais críticos da pandemia de Covid-19, sendo o primeiro imunizante a ser aplicado no país e nas populações mais vulneráveis naquele contexto, os idosos e profissionais da saúde. Agora, a vacina produzida em parceria com a farmacêutica Sinovac poderá ser novamente utilizada para proteção dos mais expostos ao Sars-Cov-2 – especialmente com a circulação de novas variantes mais transmissíveis da Ômicron, que têm causado aumento de casos no Brasil. No país, 15% das internações ocasionadas por Covid-19 são de crianças menores de 5 anos. Além disso, a média de óbitos nesta população é de duas mortes por dia, o que as classifica como o grupo mais vulnerável à doença neste momento.

A eficácia da CoronaVac em crianças de 3 a 5 anos foi comprovada não só por estudos clínicos controlados, como também por dados epidemiológicos do mundo real, que demonstram a sua efetividade. No Chile, uma pesquisa revisada por pares e publicada na Nature, feita com 500 mil crianças, mostrou que o imunizante forneceu proteção de 69% contra internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 64,6% contra hospitalização por Covid-19.

O Chile aplica a CoronaVac em crianças de 3 a 5 anos desde dezembro de 2021 e os dados de farmacovigilância mostram que a vacina foi a mais segura para essa população, apresentando a menor taxa de eventos adversos registrada em relação à outra vacina administrada em crianças no país, de RNA mensageiro. A taxa é maior do que entre os que tomaram a CoronaVac, mesmo com um número menor de doses aplicadas (2 milhões contra 4,9 milhões).

Além do Chile, outros países como China, Colômbia, Tailândia, Camboja, Equador e o território autônomo de Hong Kong já administram a CoronaVac em crianças de três anos ou mais. O Dossiê CoronaVac: Crianças e Adolescentes, lançado pelo Instituto Butantan em janeiro deste ano, reúne outros estudos científicos que dão suporte à aplicação da vacina na faixa de 3 a 5 anos.

O Instituto Butantan segue trabalhando a serviço da vida e ressalta seu compromisso com a ciência e com a saúde pública de todos os brasileiros.

Redação

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