CEJAM substitui mais de 8 mil lâmpadas de mercúrio por LED em hospitais estaduais

Em apoio ao Projeto Hospitais Saudáveis, um movimento global que visa, entre outras questões ambientais, erradicar a iluminação por meio do mercúrio nas instituições de saúde, o CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” concluiu a troca de todas as lâmpadas de quatro hospitais públicos estaduais que estão sob sua gestão.

Ao todo, foram trocadas mais de 8 mil lâmpadas de mercúrio por LED em entidades hospitalares dos municípios de Carapicuíba, Itapevi, Francisco Morato e Franco da Rocha, possibilitando ganhos ambientais, financeiros e de saúde.

A substituição vai de encontro à decisão votada na Conferência das Partes da Convenção de Minamata sobre Mercúrio (COP4) – acordo global sobre meio ambiente e saúde, que tem como objetivo controlar o fornecimento e o mercado de mercúrio, bem como reduzir seu uso, emissão e descarga -, que decidiu pela eliminação de produtos com o elemento, especialmente as lâmpadas fluorescentes.

Conforme Everton Tumilheiro Rafael, supervisor de Responsabilidade Ambiental do CEJAM, a troca por lâmpadas de LED é um importante avanço, visto que esta iluminação garante ainda mais eficiência energética, promovendo maior economicidade às unidades, uma vez que pode abater até 50% do consumo de energia elétrica.

“Quando conquistamos a erradicação de lâmpadas fluorescentes em instituições de saúde, estamos falando de uma solução de enorme impacto ambiental, capaz de evitar a contaminação de água, solo e ar por metais pesados e de alta contribuição à saúde pública, visto o potencial tóxico do mercúrio presente nestes equipamentos”, afirma o supervisor.

Entre os danos que o elemento pode causar à saúde humana, Tumilheiro destaca doenças cardiovasculares, urológicas e até neurológicas, especialmente a bebês e crianças. “Quando estas lâmpadas de vidro se quebram, vapores tóxicos são liberados pelo ar e sua absorção pode aumentar os riscos de deficiências de desenvolvimento para toda a vida. Para mulheres grávidas expostas ao mercúrio, há riscos para o feto”, explica.

A troca das lâmpadas nos hospitais de Carapicuíba, Itapevi, Francisco Morato e Franco da Rocha foi viabilizada graças a investimentos das próprias unidades, bem como o apoio de programas de eficiência energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que viabilizam, por meio de concessionárias de energia elétrica, recursos para soluções como essas.

“Certamente, ainda temos muitos desafios pela frente, como, por exemplo, os processos de logística reversa de lâmpadas LED, que ainda são pouco acessíveis e práticos, principalmente pela baixíssima reciclabilidade destes resíduos no Brasil. No entanto, só de estarmos eliminando o mercúrio, já demos um importante passo para um futuro mais sustentável”, finaliza o supervisor ambiental.

Redação

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