A medicina brasileira conquistou uma importante vitória neste início de agosto: a baiana Clarissa Mathias, oncologista do Grupo Oncoclínicas e pesquisadora do Instituto Oncoclínicas, foi homenageada com o Clifton F. Mountain Lectureship Award, concedido pela Associação Internacional para o Estudo do Câncer de Pulmão (da sigla em inglês, IASLC).
A premiação, realizada desde 2007 e considerada uma das maiores honrarias prestadas pela entidade, tem como princípio selecionar profissionais envolvidos em atividades que impactam na conscientização pública do câncer de pulmão, suas causas, diagnóstico e tratamentos. O anúncio aconteceu durante o Congresso Mundial de Câncer de Pulmão (WCLC) 2022, que teve início no último dia 6 e segue com sua programação até terça-feira (9) em Viena, na Áustria.
“É um orgulho imenso receber o Clifton F. Mountain Lectureship Award. São duas décadas desenvolvendo projetos para melhorar as perspectivas de enfrentamento do câncer no Brasil e esse prêmio representa não apenas o reconhecimento à minha atuação, mas também a valorização da nossa oncologia nacional, que merece o patamar de reconhecimento entre as melhores do mundo”, afirma Clarissa Mathias.
A escolha, feita anualmente por um comitê multidisciplinar de conselheiros da IASLC, levou em conta as contribuições efetivas de projetos para o controle do câncer de pulmão, principalmente através da prática clínica junto aos pacientes e ações científicas que promovem avanços globais em prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e pesquisa da doença.
Uma trajetória dedicada a combater o câncer
A conquista do Clifton F. Mountain Lectureship Award é mais uma coroação à excelência dos mais de 30 anos dedicados por Clarissa Mathias à medicina. Com graduação (1991) e doutorado (2002) pela Universidade Federal da Bahia, Clarissa é especialista em Medicina Interna pelo Medical College of Pennsylvania (1992-1995) e em oncologia e hematologia na University of Pennsylvania (1996- 1999).
Considerada uma das vozes mais ativas na luta pela equidade de acesso ao diagnóstico e terapias no controle do câncer de pulmão – o tipo de tumor que mais mata em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) -, ao longo de sua trajetória ela soma importantes contribuições para os setores público e privado de saúde, tendo, entre outros cargos, sido presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), e Presidente do Comitê Internacional da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). Atualmente é parte do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas, onde atua como oncologista clínica e lidera estudos para o enfrentamento do câncer, e compõe o Comitê de Mulheres para Oncologia da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO).