Chega a 22% o número de brasileiros afetados pela obesidade, doença crônica e progressiva que exige tratamento médico. A previsão é que, em 2030, esse índice chegue a 26%, segundo dados levantados pelo estudo “A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS”.
Nos últimos treze anos o número de pessoas com obesidade subiu 72% no Brasil, saindo de 11,8%, em 2006, para 20,3%, em 2019. Os dados são alarmantes e acendem um alerta na saúde pública do país.
A cirurgia bariátrica e metabólica é o tratamento indicado quando o paciente não consegue alcançar resultados satisfatórios de emagrecimento com as intervenções clínicas, como mudanças nos hábitos de vida associados ao uso de medicamentos e o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar. De acordo com o cirurgião bariátrico, especialista em cirurgia robótica, Dr. Giorgio Baretta, o procedimento é seguro e tem alta eficácia. “A cirurgia bariátrica e metabólica quando associada a uma alimentação saudável e a prática adequada de exercícios físicos é extremamente benéfica para a redução de peso e a remissão de doenças associadas, como a hipertensão e o diabetes”, explica.
O levantamento também aponta que homens e mulheres são afetados de forma semelhante no país. Em Curitiba, a última pesquisa Vigitel revela que 21% dos homens e 17% das mulheres convivem com a obesidade.
São consideradas obesas pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 e, superobesos, os pacientes com um índice acima de 50. A doença, neste grau avançado, causa uma série de dificuldades – como na locomoção, por exemplo – além de aumentar o risco de dependência em substâncias como o álcool ou outras drogas, doenças metabólicas e problemas com autoestima, etc.
Já para o cirurgião é um desafio de tratamento, desde a primeira consulta até o acompanhamento pós-operatório. “É necessário incentivar esse paciente a perder peso antes da cirurgia e adotar hábitos de vida saudáveis, para garantir mais segurança e um pós-operatório com resultados satisfatórios. Aqueles que tiveram recidiva da obesidade e precisam de uma cirurgia revisional e também os pacientes considerados superobesos apresentam alguns fatores que tornam a cirurgia mais delicada, como o tamanho do fígado, aderências e doenças metabólicas”.
TECNOLOGIA ROBÓTICA – A plataforma de cirurgia robótica oferece ao cirurgião uma visão ampliada e em 3D da área a ser operada, além de ter maior precisão e permitir movimentos que a própria mão humana não é capaz de realizar. “A aplicabilidade desta tecnologia nesses casos é incontestável. Mesmo com a grande quantidade de gordura visceral é possível trabalhar de forma delicada, sem forçar a parede abdominal em um local de menor acesso, como é o caso do superobeso. O excesso de gordura impede a mobilização do intestino e a retração do fígado, mas com a robótica eu consigo realizar esse procedimento de forma minimamente invasiva, em segurança”, ressalta Baretta.
A Organização Mundial da Saúde afirma que a obesidade é um dos principais problemas de saúde pública do mundo e prevê que, até 2025, 700 milhões de pessoas estarão com obesidade ao redor do mundo.
Todas as técnicas de cirurgia bariátrica e metabólica podem ser feitas através de técnicas minimamente invasivas, como é o caso da cirurgia robótica, que também oferece ao paciente tempo de recuperação reduzido, menores incisões e redução no risco de infecção pós-operatória.
INSTITUTO DE CIRURGIA ROBÓTICA DO PARANÁ – O ICRP reúne quatro cirurgiões renomados em cirurgia robótica do Sul do Brasil – e em suas respectivas áreas de atuação, com certificação e know-how para oferecer melhor atendimento ao paciente, com o que há de mais atual e seguro na medicina.
Fazem parte deste projeto os cirurgiões Christiano Claus – Cirurgia de Hérnias Abdominais e Aparelho Digestivo; Eduardo Ramos – Cirurgia Hepática e Pancreática; Giorgio Baretta – Cirurgia Bariátrica e Metabólica e Reitan Ribeiro – Cirurgia Oncológica.