A Faculdade Moinhos de Vento promoveu, nesta terça-feira (13), a aula inaugural do curso de extensão “Pensando o AVC fora do Vaso: do planejamento à implementação de programas”, coordenado pela Chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Sheila Martins. O curso vai até 6 de dezembro, em formato híbrido, totalizando 40 horas-aula.
Uma das principais causas de morte, incapacitação e internações no mundo, o AVC acomete mais homens. De acordo com o Ministério da Saúde, quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. Com isso em mente, o curso foi idealizado para além do tratamento e do diagnóstico.
“É sobre como implementar um programa para oportunizar que o paciente receba o tratamento, como fazer o paciente chegar rápido, como melhorar os tempos de atendimento que fazem a diferença, como estruturar o hospital e como fazer isso em instituições públicas e privadas, como fazer prevenção efetiva nas Unidades de Atenção Primária à Saúde. Uma coisa é ler o que está no papel, o que faz diferença e o que tem evidência, mas as pessoas não sabem como fazer isso virar realidade e procuram isso”, destaca Sheila Martins, presidente-eleita da World Stroke Organization (WSO), única organização mundial focada em AVC.
A aula inaugural foi realizada em formato presencial, com transmissão on-line, no Instituto Caldeira, em Porto Alegre, e contou com a participação de todos os professores — representando nove países. O tema foi “Criando Programas de AVC no mundo: o mesmo modelo serve para todos?”
“O curso faz sentido porque é feito para pensarmos fora da caixa, ou fora do vaso, como diz o nome. O AVC é muito prevalente e o número de casos aumentou no pós-pandemia. Queremos envolver os gestores, os especialistas, os laboratórios, os grupos de enfermagem, as equipes do SAMU, todos que fazem parte do atendimento”, explica Luiz Antônio Nasi, superintendente médico do Moinhos.
O objetivo é apresentar e discutir modelos concretos de implementação de programas no cenário nacional e internacional, abordando a integração de toda a rede assistencial do AVC, desde a atenção básica até o hospital de mais alta complexidade, auxiliando na implantação da Linha de Cuidado do AVC. Por meio de uma abordagem teórica e prática e com referências mundiais, os participantes terão a oportunidade de apresentar propostas de modelos de implementação, que também apoiarão a organização das redes de AVC locais.
Essa é a primeira edição, mas a intenção é de que se torne um curso continuado. Fortalecer o ensino, inclusive, é uma das diretrizes do hospital. “Nosso objetivo é redefinir a saúde no Brasil, remodelar o modelo de assistência e de ensino, com planos ousados, mas factíveis. E ensino é um dos pilares. Temos mais de 100 protocolos de pesquisa em andamento, mais de mil alunos frequentando a Faculdade Moinhos de Vento. O nosso grande objetivo é fazermos cursos de curta duração, mas com peso forte na formação”, disse a superintendente assistencial e de educação do Hospital Moinhos de Vento, Vania Röhsig.
O último encontro, previsto para 6 de dezembro, também será presencial, em duas etapas: observership e Grand Round no Hospital Moinhos de Vento. Confira o cronograma no site avc.faculdademoinhos.com.br.