A imunoterapia, método utilizado no combate ao câncer e que potencializa as defesas do organismo, pode ser usada para prevenir a reincidência da doença em pessoas que já passaram por procedimentos como quimioterapia e cirurgias oncológicas.
De acordo com Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, a imunoterapia é um tipo de tratamento que atua combatendo o avanço da doença pela ativação do próprio sistema imunológico do paciente. Têm sido também um dos principais avanços terapêuticos contra o câncer, pois, como se sabe, é ideal para o tratamento de doenças infecciosas, alérgicas e parasitárias, já que o paciente passa a ter uma maior capacidade de vencer os vírus e bactérias com auxílio do próprio organismo”, afirma.
O especialista explica que o método é um estudo relativamente novo da medicina, em que a transfusão de sangue do tecido e cordão umbilical apresenta efeitos reparadores nos tecidos danificados. “É um tipo de tratamento que combate o avanço da doença pela ativação do próprio sistema imunológico do paciente. As células são multiplicadas ou modificadas para que façam um melhor trabalho de combate ao câncer ou aos vírus”, garante.
Nelson revela que o principal diferencial da imunoterapia em detrimento dos outros procedimentos é o alvo terapêutico. “A quimioterapia, por exemplo, tem como mecanismo de ação o ataque às células tumorais. Já a imunoterapia não age sobre o tumor, mas sim sobre o sistema imune do paciente, fazendo com que ele elimine a doença de forma mais eficiente”, declara.
Para o diretor, usar a abordagem para diminuir a recidiva do câncer é um passo de grande importância. “A imunoterapia simboliza um dos maiores avanços no tratamento oncológico. O método, que começou a ser usado em 2011, pode ser aplicado contra uma grande variedade de tumores, dentre eles o de cabeça e pescoço, rins, pulmão, pele, além das doenças hematológicas, como o linfoma”, comenta.
Para o hematologista, a imunoterapia é o que há de mais novo e mais promissor no combate ao câncer. “O tratamento parte da premissa de que o desenvolvimento de um câncer promove uma redução na atividade do sistema imunológico, uma vez que as células tumorais não são reconhecidas por ele e começam a crescer de forma descontrolada. Para solucionar o problema, a imunoterapia reverte o processo, ajudando a reconhecer as células tumorais e ao mesmo tempo, promovendo a morte das células cancerígenas invasoras”, finaliza.