Entre os dias 13 e 15 de outubro, o Hospital do GRAACC reunirá especialistas nacionais e internacionais em seu Congresso Internacional de Oncologia Pediátrica, que acontecerá no Centro de Convenções Frei Caneca. Nomes como Amar Gajjar, Eric Bouffet e Jonathan Finlay confirmaram presença no evento que discutirá, entre outras abordagens, as características dos tumores de sistema nervoso central de crianças e adolescentes, além dos principais protocolos de tratamento.
Entre os assuntos de destaque da programação, estão os tumores localizados no sistema nervoso central, ou seja, no cérebro ou na medula espinhal, que representam um a cada cinco casos de câncer infantojuvenil. Por ano, são cerca de 1.700 casos novos diagnosticados desse tipo de tumor em crianças e adolescentes no Brasil, de acordo com a estimativa baseada em dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). É o segundo câncer mais frequente na infância depois das leucemias e tem seu auge nos primeiros dez anos de vida.
“Algumas condições genéticas predispõem ao aparecimento do câncer em crianças e adolescentes e podemos levantar suspeita pela história familiar, tipo histológico do tumor, sinais e sintomas que os pequenos possam apresentar”, explica a Dra. Nasjla Saba, oncologista pediátrica do Hospital do GRAACC especializada em tumores do sistema nervoso central. No caso deste tipo de tumor na infância e na adolescência, quando descoberto em estágio inicial e tratado em centros de referência, com apoio de equipes multidisciplinares, que envolvem diversos especialistas, as chances de cura chegam a aproximadamente 80%.
Principais sinais
Nos tumores do sistema nervoso central, os sinais mais comuns são dores de cabeça, vômitos, desequilíbrio ao andar, alterações visuais, convulsão. Em bebês com menos de um ano, por exemplo, irritabilidade, aumento anormal do perímetro cefálico, alteração ocular, como estrabismo, e vômitos sem motivo aparente.
Diagnóstico
Exames de imagem, como a tomografia computadorizada, auxiliam na detecção de um tumor do sistema nervoso central. Para diagnóstico e estadiamento, que determina a extensão e a localização do tumor, é utilizada a ressonância magnética. Outro importante exame indicado é o de líquor, que também faz parte do estadiamento. Isso porque esse líquido pode disseminar células do tumor a outras localidades do sistema nervoso central. “Além dos exames disponíveis, a prática clínica e o conhecimento do médico auxiliam muito na percepção da doença já no primeiro contato com o paciente”, acrescenta Dra. Nasjla.
1º Congresso Internacional de Câncer Pediátrico do GRAACC
Acontece entre os dias 13 e 15 de outubro o 1º Congresso Internacional de Câncer Pediátrico GRAACC. O evento reunirá especialistas nacionais e internacionais para troca de conhecimento em pesquisas, inovações, diagnóstico precoce, o cenário e a experiência da oncologia pediátrica no Brasil e no mundo, epidemiologia do câncer infantojuvenil, além dos avanços nos tratamentos da doença em crianças, adolescentes e jovens adultos. O encontro será no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, a partir das 8h.
Câncer no adulto jovem
O assunto será discutido no primeiro dia de Congresso, no período da tarde (dia 13/10 a partir das 14h30). Existe uma lacuna entre atendimento, diagnóstico e tratamento nos canceres em adultos jovens (faixa de 15 a 29 anos) e é preciso abrir novas frentes de trabalho para preencher esse espaço. Apesar dos avanços em pesquisas e estudos, não existem protocolos definidos especificamente para essa faixa.
Informações: www.graacc.org.br
