“O que está em jogo é a segurança do paciente. Quando temos o rol taxativo, sabemos o que será entregue. O sistema suplementar é suplementar, não é o sistema público.” As preocupações do presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) inauguram um debate mais profundo sobre os desafios que segmento enfrenta e que serão esmiuçados no M3BS UCA Cast, o podcast realizado em parceria entre o escritório Miglioli, Bianchi, Borrozzino, Bellinatti e Scarabel Advogados, o M3BS, especializado em saúde suplementar, e a Universidade Corporativa Abramge, a UCA, que será lançado neste dia 10 de outubro.
Além do rol taxativo, Rebello também fala, nesse primeiro episódio, sobre as perspectivas para o setor atingir 50 milhões de usuários, as mudanças que têm sido implementadas pela agência em favor dos beneficiários da saúde suplementar e sobre o modelo de Capital Baseado em Risco, recentemente adotado pela agência em substituição à margem de solvência.
“Nossa missão é aprimorar o ecossistema de saúde brasileiro. Entendemos o diálogo entre os todos os atores do setor é crucial nesse processo. Nesse contexto, o M3BS UCA Cast surge como uma ferramenta para promover a interação no setor em busca dos caminhos para superar os desafios que estamos enfrentando”, destaca Lucas Miglioli, sócio do M3BS.
“Um dos grandes propósitos da Universidade Corporativa Abramge nos seus mais de 20 anos de entidade, sempre foi o de disseminar conhecimento de qualidade com foco principalmente em temas da saúde suplementar. E o objetivo do projeto M3BS UCA Cast é justamente o de dialogar com o ecossistema de saúde brasileiro. Nos 12 episódios que serão disponibilizados gratuitamente nas plataformas digitais, conseguimos reunir para um bate-papo e ouvir a opiniões de boa parte dos líderes do setor: do órgão regulador, de representantes de operadoras de planos de saúde, de hospitais, de laboratórios de diagnóstico e da indústria”, complementa Carlito Marques, presidente da UCA.
A primeira temporada do podcast é ancorada pelo jornalista e consultor de empresas André Porto Alegre. O episódio inicial conta com a participação de Lucas Miglioli e Fernando Bianchi, sócios do M3BS. Além do presidente da ANS, também foram entrevistados: Anderson Mendes, presidente da UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde); Carlito Marques, presidente da Universidade Corporativa Abramge (UCA) e diretor-executivo da Hapvida; Denise Eloi, CEO do Instituto Coalisão Saúde; Leandro Fonseca, healthcare & advisor; Luiz Celso Dias Lopes, vice-presidente técnico e regulatório do Grupo Hapvida Notredame Intermédica e diretor-tesoureiro da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde).
Tem ainda Márcia Agosti, Latin America senior Health Programs Manager e Corporate Advisor da General Electric; Nathalia Pompeu, diretora Jurídica Corporativa – Contratos Assistenciais (Produtos), Contratos Operacionais (Supply), Governança e Societário; Renato Casarotti, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde); Roberto Seme Cury, presidente da SINOG (Associação Brasileira de Planos Odontológicos); Luiz Paulo Tostes Coimbra, presidente da Unimed Nacional; Vera Valente, diretora-executiva da Fenasaúde; e Rogerio Scarabel, advogado e presidente substituto da ANS e diretor da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS e Board Advisor.
Episódio 1: os desafios da agência responsável por gerenciar o terceiro item mais desejado pelo brasileiro
“Antes do rol taxativo, era tudo uma barbárie. O rol exemplificativo é uma visão romântica. A operadora não tem dinheiro. Ela pega o dinheiro do beneficiário e para ao prestador. E essa conta chega e será paga pelo usuário. O rol exemplificativo vai gerar alto custo. O beneficiário não vai poder pagar e vai pro SUS, superlotar ainda mais o sistema público”, afirma Paulo Rebello. O presidente da ANS também expressou sua preocupação com os impactos do rol exemplificativo na judicialização da saúde. “Vai aumentar ainda mais, apesar de todos os esforços da ANS para tornar cada vez mais dinâmico o processo de incorporação de novas tecnologias. Só em 2022, 22 novos procedimentos foram incorporados ao rol. Apesar de tudo, somos hoje o único país do mundo que não tem avaliação de tecnologia em saúde”, destacou.