Desde o momento em que um paciente é diagnosticado com câncer há um grande impacto em sua vida, principalmente por medos e incertezas dos tratamentos e da nova fase que irá se iniciar. Esses sintomas podem contribuir com o desenvolvimento de doenças ligadas à saúde mental, dentre elas a depressão.
Segundo a psicanalista Vanessa Corrêa, a depressão é causada por genética, histórico familiar, vícios e sedentarismo. Sendo assim, quando o paciente recebe o diagnóstico de câncer não há uma regra que afirme que ele desenvolverá a doença, porém passar por um momento com eminência de morte pode contribuir muito para que isso ocorra.
Ainda que não seja algo muito pautado, os problemas na saúde mental podem afetar o tratamento do câncer, pois o paciente está vivendo um momento de forte pressão psíquica, com muita ansiedade e insegurança. Somado a isso, há um grande volume de remédios que podem alterar questões mentais e emocionais.
“Um paciente já diagnosticado com depressão e que também recebe o diagnóstico de câncer pode, por exemplo deixar de comparecer as consultas médicas, as sessões com quimioterapia o que afeta diretamente sua recuperação”, conta Vanessa.
Outro ponto importante que pode afetar o tratamento, são os remédios psiquiátricos. Por isso, precisam ser usados de maneira responsável e com prescrição médica. “É importante que cada caso seja analisado, observando qual melhor substância, quantidade ideal, qual tempo do tratamento. Vale lembrar que o uso indiscriminado de qualquer substância medicamentosa pode afetar a saúde física seja de um paciente com câncer ou não”, ressalta.
Do momento do diagnóstico até o fim do tratamento, é necessário um grande suporte emocional, não só para o paciente bem como para amigos e familiares próximos. A psicanalista explica que pacientes oncológicos que procuram cuidar da sua saúde mental, tem mais sucesso no tratamento do câncer. “Esse é um momento de muita demanda emocional e quanto mais esse lugar é acolhido, melhor o estado geral do paciente. Quando o mental recebe apoio profissional para estruturar melhor a vivência desse momento, maior a capacidade do paciente em lidar com doença e seu quadro geral”, declara.