Hospitais universitários são primordiais para desafogar sistema de saúde, diz presidente da AHBB

O Brasil possui o Sistema Único de Saúde (SUS) como um grande programa social e, normalmente, os hospitais universitários têm o papel essencial de fazer um atendimento pelo SUS. O presidente da Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB), Antonio Carlos Pinotti, vê a expansão desses hospitais como uma necessidade para o país, pois seria uma forma de desafogar o sistema de saúde.

A rede de hospitais universitários federais no Brasil é formada por 51 instituições que são vinculadas a 36 universidades. Os dados de 2021 do Ministério da Educação revelam que, apesar da importância para a saúde assistencial, ainda é preciso expandir para que mais pessoas possam ter acesso a esse tipo de serviço, país afora.

“Os hospitais universitários têm como uma de suas principais funções contribuir para a formação de novos médicos, que podem colocar em prática todo o conhecimento que adquiriram em sala de aula, atendendo pacientes reais. Essas instituições oferecem atendimento gratuito ou com valores muito mais acessíveis que as tradicionais, beneficiando, principalmente, as comunidades onde estão inseridas”, explica o presidente da AHBB.

Segundo Antonio Carlos, um dos principais pontos positivos dos hospitais universitários é a elevação do patamar técnico na assistência hospitalar. “Com a presença de alunos e professores, o esforço é maior para transmitir conhecimento e novas práticas da medicina. A implantação dessas instituições repercute na melhoria na assistência, inclusive no nível de complexidade”.

Ele destaca que o Brasil enfrenta muitos desafios para garantir a expansão das clínicas-escola. “O maior deles é construir uma equipe técnica de professores e doutores preparados para atuar nessas entidades. Além da função da assistência, essas unidades têm ensino e pesquisa, então, conseguir uma localidade que tenha conteúdo humano e científico para transferir conhecimento e implantar novas técnicas é uma das principais dificuldades”.

O presidente da entidade ressalta ainda que o segundo maior desafio é o econômico-financeiro. “Custear essas instituições universitárias é infinitamente mais caro que um hospital assistencial. Por conta da complexidade que se cria em torno desse tipo de serviço, esse custo aumenta imensamente”.

Antonio Carlos acredita que o número de hospitais universitários no Brasil ainda está longe do ideal. “É preciso investir nas universidades para que possamos chegar ao cenário ideal, no qual, cada faculdade de medicina tenha seu próprio hospital universitário de ensino e pesquisa para que possamos formar médicos mais preparados para a realidade da população brasileira”, afirma Pinotti.

Redação

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