Unimed Chapecó se tornou referência no atendimento a pacientes de AVC

Dr. Leonardo Albuquerque, Dra. Cristiane de Camargo e Silva, Dra. Déborah Martins e Dr. Clezio Castro seguram a Stroke Bag entregue pelo Projeto Angels

Certificado pelo Projeto An­gels em janeiro de 2022, o Hospital Unimed Chapecó (SC) é referência no atendimento a pacientes com Aciden­te Vascular Cerebral (AVC), correspondendo a padrões de qualidade internacionalmente reconhecidos.

Promovida pelo laboratório Boehringer Ingelheim, de São Paulo. A Iniciativa Angels visa implementar e qualificar centros de AVC em todo o mundo e está presente em mais de 100 países. Com o auxílio de múltiplas estratégias, o projeto objetiva proporcionar assistência médica rápida e eficaz, reduzindo possíveis sequelas.

“O preparo faz com que a equipe identifique o paciente com AVC antes. O paciente é atendido pelo médico em menos de 10 minutos e faz a tomografia em menos de 25 minutos. O objetivo do protocolo no Hospital é realizar o início da medicação o quanto antes”, pontua Dra. Cristiane de Camargo e Silva, médica neurologista cooperada à Unimed Chapecó.

Entregue pelo Projeto Angels após a certificação, a Stroke Bag é um símbolo de reconhecimento ao esforço da equipe do Hospital Unimed Chapecó, que dedica-se ao aprendizado e desenvolvimento constantes. Além disso, a Stroke Bag armazena medicamentos e materiais essenciais ao tratamento de pacientes com AVC, viabilizando maior agilidade, mais conformidade e menor tempo de atendimento.

AGILIDADE QUE SALVA

Segunda maior causa de morte no Brasil, o AVC é a doença mais incapacitante do mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Quando um AVC ocorre, cerca de 1,9 milhão de neurônios morre por minuto, provocando sequelas que podem ser evitadas com um atendimento rápido e eficaz.

“Tive um AVC em 2021”, conta Mário Lunardi (nome fictício), beneficiário da Unimed Chapecó. “Identifiquei os sintomas porque havia visto uma reportagem sobre o assunto há alguns meses. Senti dormência no lado esquerdo do corpo, e logo depois uma dor de cabeça muito forte. Minha esposa me acompanhou até a Unimed, onde fui atendido rapidamente. Em menos de duas horas, estava fazendo o cateterismo”, destaca.

Essencial à saúde e qualidade de vida do paciente, um atendimento ágil reduz possíveis danos. “Cada segundo é importante. Se houver rapidez no atendimento, as chances de sequelas são reduzidas”, ressalta Dra. Cristiane. “Se você ou alguém que conheça estiver com sintomas, não espere melhorar, chame o serviço de urgência imediatamente!”.

Ademais, identificar a causa do AVC é muito importante para prevenir sua recorrência. Em boa parte dos casos, a adoção de hábitos saudáveis ajuda a prevenir reincidências. “Eu era hipertenso e fumante há muitos anos. Hoje, faço exercícios regularmente, passei a comer de maneira saudável e parei de fumar. Minha qualidade de vida mudou totalmente, e minha saúde também”, enfatiza Mário.

A VIDA APÓS O AVC

Lento e gradual, o processo de recuperação após um AVC é uma experi­ência individual para cada paciente. Na maioria dos casos, o período de reabilitação leva cerca de três me­ses, mas pode se estender por seis meses ou mais.

Além disso, o processo de re­cuperação impacta diretamente na qualidade de vida dos pacientes, interferindo na mobilidade, na fun­cionalidade, no conforto, na autoi­magem, no humor e no sono. “Levei cerca de um mês para me recuperar completamente”, relembra Mário. “Este tempo foi muito difícil, porque eu nunca tinha parado de trabalhar e me vi parado, com dificuldades para comer, andar e até falar”.

Normalmente, não há como identificar exatamente quais seque­las atingirão um paciente que sofreu um AVC, já que este diagnóstico depende da extensão da lesão e da área cerebral afetada. Pelo mesmo motivo, os tratamentos de reabilita­ção também apresentam variações, podendo incluir fisioterapia, sessões de fonoaudiologia, terapia ocupacio­nal e tratamento medicamentoso.

“O tratamento de reabilitação foi fundamental para que eu me recuperasse mais rápido. Fui à te­rapia, fiz fisioterapia e também fiz algumas sessões com a fonoaudió­loga, tudo pela Unimed. Todos es­ses processos me ajudaram muito a voltar a viver, recuperar a autoes­tima e o desempenho no trabalho”, finaliza Mário.

PASSO A PASSO

  1. O paciente chega à Unimed Chapecó com sintomas de AVC.
  2. O paciente é recebido por um profissional de enfermagem, que identifica os sintomas, abre o Protocolo de AVC e comunica o médico plantonista.
  3. O médico plantonista avalia o paciente e o encaminha à tomografia de crânio. Em seguida, um médico neurologista é contatado.
  4. O médico neurologista avalia o paciente.
  5. O paciente recebe o medicamento trombolítico por via endovenosa, que atua na dissolução de trombos ou coágulos sanguíneos. Quando necessário, um cateterismo é solicitado pelo médico neurologista.
  6. Durante a internação, a causa do AVC é investigada e o paciente inicia a prevenção secundária, que evita reincidências.
  7. No dia seguinte, o paciente inicia o processo de reabilitação, que pode contar com fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e tratamento medicamentoso.

AVC de A a Z

O que é o AVC?

O AVC – popularmente conhecido como “derrame” – ocorre devido à alteração do fluxo sanguíneo cerebral. Responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, o AVC pode obstruir vasos sanguíneos (acidente vascular isquêmico) ou causar a ruptura de um vaso sanguíneo específico (acidente vascular hemorrágico).

Quais são os fatores de risco?

  • Hipertensão;
  • Diabetes;
  • Tabagismo;
  • Consumo frequente de álcool e drogas;
  • Estresse;
  • Colesterol elevado;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Sedentarismo.

Quais são os sintomas?

  • Dores de cabeça intensas, de início súbito;
  • Paralisia, fraqueza ou dormência do corpo e/ou da face;
  • Perda súbita da fala ou dificuldade de comunicação;
  • Perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos;
  • Tontura e/ou perda de equilíbrio;
  • Alterações na memória;
  • Náuseas e vômitos;
  • Alterações nos batimentos cardíacos e na frequência respiratória;
  • Sonolência;
  • Convulsões.

Se identificar os sintomas, aja imediatamente!

Entre em contato com o serviço de saúde mais próximo de você.


 

Unimed Chapecó é a primeira unidade da Unimed em Santa Catarina a ter uma intérprete de Libras

A intérprete de Libras Críssia e o colaborador Daniel em atendimento ao público

O número de pessoas surdas no Brasil, passa dos dez milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Destes, 2,7 milhões não ouvem nada. A deficiência auditiva é a perda parcial ou total da audição, causada por má-formação genética ou lesão nas estruturas que compõem o aparelho auditivo.

Entre as unidades da Unimed no estado catarinense, a Unimed Chapecó é a primeira a ter uma intérprete de Libras. A comunidade surda da cooperativa médica é composta por pessoas que realizam atividades em diferentes setores como: gestão de contratos, comercial, manutenção, faturamento, entre outros. Um exemplo é o colaborador Daniel Dalmolin, que há mais de um ano ingressou na Unimed Chapecó para trabalhar no setor de gestão de documentos e prontuários como auxiliar administrativo.

Para ajudá-lo durante a integração, a colaboradora Críssia Lorrana Pinto Malbfe, formada em Língua Brasileira de Sinais (Libras), o acompanhou nas atividades para mediar as conversas e auxiliá-lo com as demandas. “Com a presença da Críssia eu me senti acolhido e à vontade para conversar e esclarecer dúvidas. É muito importante para nós esse cuidado da cooperativa em dar atenção à comunidade surda”, salienta Daniel.

De acordo com a coordenadora do departamento de gestão de pessoas, Aline Fávero, viu-se a necessidade de trazer uma intérprete de Libras para atuar na cooperativa médica com demandas internas e também para auxiliar a comunidade surda que busca atendimento na Unimed Chapecó, seja para consultas médicas ou atendimentos nos diversos setores do complexo hospitalar. “Como já tínhamos uma colaboradora com formação em Libras, abrimos o processo seletivo interno para contratação e, desde julho de 2022, oficialmente temos uma intérprete na Unimed Chapecó”.

Dentro do setor de Sustentabilidade, Críssia é responsável por auxiliar a comunidade surda da cooperativa médica, bem como, atender aqueles que vêm de fora e precisam de apoio nas consultas, no Pronto Atendimento ou apenas buscam informações. Também presta atendimento em eventos e ações das quais os surdos participam por meio da Unimed Chapecó.

“É muito importante ter esse elo entre o surdo e o ouvinte. Eles se sentem acolhidos, com o mesmo direito de expressão. Para a comunidade surda é significativo esse suporte no ambiente de trabalho, sabendo que serão compreendidos pelos demais”, destaca Críssia.

CONHECIMENTO COMPARTILHADO

A Unimed Chapecó também realiza curso de Libras, com duração de aproximadamente um ano, para os colaboradores da cooperativa médica com interesse em aprender a língua de sinais. São três módulos: básico, intermediário e avançado. A primeira turma teve formação em agosto de 2022 e capacitou 15 colaboradores.

Depois da formação é promovido o “Momento Libras” para incentivar a conversação entre aqueles que completaram o curso. “Essa é uma oportunidade de exercitar o que foi aprendido e, para ajudar nesse processo de aperfeiçoamento, tentamos sempre ter a presença de um colaborador surdo durante a conversação, com o intuito de proporcionar o desenvolvimento de cada um na Língua Brasileira de Sinais”, afirma Críssia.

O colaborador Daniel Dalmolin reforça a importância da iniciativa. “É muito emocionante para nós da comunidade surda da Unimed Chapecó acompanhar o desenvolvimento de cada um que faz o curso, mas muito mais do que isso, é poder encontrá-los e conversar normalmente”, finaliza.

Redação

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