IGCC apresenta aplicativo para coleta de dados sobre câncer de pele no RS

Foto: Brenda Parmeggiani

Uma das principais bandeiras do Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC) é a luta por políticas públicas para o controle da doença. Sendo assim, a instituição ligada ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, em parceria com o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e a prefeitura de Porto Alegre, apresentou uma plataforma de coleta de dados sobre câncer de pele. O Thummi Skin tem como objetivo abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS) com informações para a prevenção da doença.

Por meio de imagens colhidas na plataforma desenvolvida pela Thummi (empresa sedeada no Tecnopuc), médicos especialistas poderão diagnosticar e encaminhar os pacientes para atendimento oncológico. Dessa forma, estima-se agilizar o processo em até dois meses e otimizar as esperas por consultas de oncologia no SUS.

“Com a utilização desta ferramenta, queremos descartar mais rapidamente os casos potencialmente negativos. Diminuindo as filas de espera por diagnósticos, aceleramos o início do tratamento e reduzimos o avanço dos casos malignos”, explica a diretora executiva do IGCC, Daniely Votto.

Além disso, o projeto envolve também a capacitação e a qualificação dos profissionais de atenção básica para o rastreio de pessoas com lesões de pele, bem como o desenvolvimento de melhores práticas que facilitem o diagnóstico precoce do melanoma. Este é o mais perigoso tipo de câncer de pele, pois pode provocar metástases (disseminação do câncer para outros órgãos), e considerado também o mais letal.

Segundo o Ministério da Saúde, a incidência é de 570 novos casos de melanoma por ano por 100 mil habitantes no RS (quarto estado com maior incidência bruta de casos no Brasil). Se descoberto em estágio inicial, tem mais de 90% de recuperação.

“O melanoma é uma doença muito grave, na qual o tempo de diagnóstico é crucial. Nós precisamos tratá-lo em estágios precoces, quando a chance de cura é maior. Se for detectado tardiamente, esses pacientes não terão cura e o tratamento será muito severo e custoso ao sistema de saúde”, destaca o coordenador do Serviço de Hematologia e Oncologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição e membro do Conselho de Administração do IGCC, Marcelo Capra.

Redação

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