Hospital São Vicente de Paulo treina equipes não assistenciais, pacientes e acompanhantes para reconhecer sinais de AVC

A cada 30 minutos um paciente com Acidente Vascular Cerebral (AVC), que poderia ter sido salvo, morre ou fica com sequelas porque não foi assistido por uma equipe especializada. O alerta do chefe de serviço de Neurologia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP-RJ), Alexandre Hatum, evidencia a importância do atendimento imediato e eficiente em casos suspeitos “Quanto mais rápido o paciente for levado ao hospital, melhores os prognósticos. No caso do AVC isquêmico, é possível desobstruir a artéria caso o paciente consiga chegar ao hospital em até 4 horas e meia. Então, é muito importante o paciente saber reconhecer os sinais e buscar atendimento de emergência o mais rápido possível”, enfatiza o médico.

Em um esforço para aumentar o conhecimento sobre os sinais iniciais da doença, que é a segunda principal causa de morte no mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o HSVP realizou uma ampla campanha com treinamentos sobre o tema com as equipes de saúde e das áreas administrativas e de apoio. O objetivo principal foi orientar os profissionais sobre o protocolo de atendimento, os fatores de risco da doença, os sinais de alerta e como reconhecê-los para que todos que circulam no hospital estejam preparados para identificar imediatamente os pacientes com suspeita de AVC. A campanha foi estendida também a pacientes e acompanhantes na emergência e em atendimento ambulatorial, com distribuição de panfletos educativos e banners com orientações nas principais recepções.

A ação ‘AVC. Eu me importo. E você?’ foi idealizada pela cardiologista Ana Flávia Cassini, coordenadora do Pronto Atendimento do HSVP, para conscientizar o maior número de pessoas sobre a doença. “Esta iniciativa faz parte do nosso Protocolo de Trombólise do AVC, que é multidisciplinar e tem como objetivo orientar o rápido reconhecimento da doença, a estabilização do paciente e o tratamento de reperfusão daquele vaso ocluído, reduzindo as sequelas de forma significativa. Nós entendemos que os principais esclarecimentos sobre o AVC também deveriam chegar aos profissionais que não atuam diretamente na assistência para que eles saibam identificar os sinais e proceder com o socorro. Dessa forma, aumentamos as chances de salvar vidas”, alerta a médica.

O HSVP faz parte do Programa Angels, iniciativa internacional voltada para o tratamento do AVC isquêmico e integra uma rede de 150 hospitais que são referência no atendimento a pacientes de AVC no Brasil e 2.800 em todo o mundo. “O HSVP sempre teve a tradição de prezar pela qualidade e é com muito orgulho que podemos dizer que o paciente que chega à nossa emergência com AVC irá receber o mesmo tratamento que é oferecido nos centros de referência de todo o mundo”, afirma Hatum.

Redação

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