Governo de São Paulo divulga quais doenças serão tratadas com cannabis medicinal pelo SUS

Após a sanção da lei estadual que libera medicamentos à base da cannabis medicinal pelo SUS, o governo do estado de São Paulo divulgou as primeiras três doenças que poderão ser tratadas no âmbito da nova legislação. Os pacientes com Síndrome de Dravet, Síndrome de Lennox-Gastaut e esclerose tuberosa poderão receber os medicamentos de forma gratuita pela rede de saúde pública paulista.

Uma comissão formada por especialistas no tratamento com a cannabis medicinal, membros do Judiciário, Anvisa e Executivo discute desde o início do ano a regulamentação da nova lei. O grupo definiu que estas doenças serão as primeiras na lista das beneficiadas pela legislação.

Ainda não há uma data definida para que os pacientes possam retirar os medicamentos à base da cannabis medicinal, de forma gratuita, nas unidades do SUS, porém a comissão decidiu que as pessoas beneficiadas deverão apresentar laudo e prescrição médica, além de provar que não têm condições de realizar a compra por meios próprios.

Para o fundador da Clínica Gravital, Joaquim Castro, o anúncio do governo paulista indica que o uso da cannabis medicinal está ganhando mais destaque e pode avançar ainda mais. “A decisão da comissão de especialistas é um ganho para todo o setor que atua com a cannabis medicinal, porque coloca a planta em evidência para os tratamentos de saúde e é um reconhecimento que o Estado pode contribuir de forma efetiva para atender a alta demanda de pacientes, abrindo a discussão para que outros estados e até o governo federal criem leis semelhantes”, destaca Joaquim Castro.

Veja as doenças que poderão ser tratadas com a cannabis medicinal pelo SUS no estado de São Paulo.

– Síndrome de Dravet: é uma doença rara, que causa epilepsia grave e afeta o neurodesenvolvimento da criança.

– Síndrome de Lennox-Gastaut: causa epilepsia severa entre as crianças e impacta no desenvolvimento mental e físico.

– Esclerose tuberosa: doença degenerativa que pode provocar crises de epilepsia, além de causar tumores, que pode afetar diversos órgãos.

Redação

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