Artigo – Dia do Hospital: para se tornar encantadora, ‘orquestra’ precisa ter um time alinhado e afinado

Certamente, muitos ficam maravilhados ao visitarem a Disney. Ou ao assistirem a uma apresentação de uma orquestra filarmônica… Ou ainda a um show do Circo de Soleil, entre outras tantas maravilhosas e estupendas exibições.

Todas são frutos de trabalho em equipe; treinamento contínuos quase extenuantes, análise sistemática das possíveis melhorias; são horas, dias, meses, anos de dedicação em busca da perfeição para encantar o espectador, causando uma experiência multissensorial de agradabilíssimo impacto.

Mas o que isso tem a ver com nosso hospital?

Ora, também somos uma equipe. Um time que, se bem treinado e ciente de seus pontos de atenção e possíveis melhorias, também pode tornar a experiência de paciente e familiares algo encantador.

Mas o primeiro passo para esse “encantamento” é a segurança: a certeza de que o ambiente adota rígidos protocolos e que todos os colaboradores conhecem e apliquem essas medidas. Em seguida, cortesia, empatia e respeito com a dor dos pacientes e de seus familiares (e, no caso dos times de anestesia, além da satisfação daqueles a serem acolhidos, ouvir as equipes cirúrgicas).

Não por acaso e seguindo esta ordem de importância, esses são os pilares dos Princípios de Serviços da Disney: Segurança, Cortesia, Show e Eficiência.

Quando assumi a coordenação do Departamento de Anestesia e, agora, a Diretoria Técnica Médica do consagrado Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), referência na região em que atua e com destaque nacional, em conjunto com toda a diretoria e presidência, pensamos: o que mais podemos fazer para melhorar nossas unidades e ter a certeza de que estamos evoluindo?

Nosso time concluiu, há algum tempo, que o cuidado centrado em paciente e familiares é o melhor e único caminho.

Mas não para por aí. Para entregarmos um trabalho de excelência completo, além disso, analisamos indicadores, com foco em assistência, otimização de recursos, segurança, satisfação dos pacientes, familiares e cirurgiões. Tudo aquilo pelo qual preza a ONA (Organização Nacional de Acreditação), que já nos reconhece com nível máximo e agora terá ainda mais destaque na nossa nova jornada de Acreditação Hospital: JCI – Joint Comission International.

Como naquela “orquestra filarmônica”, percebemos que o maestro é fundamental; entretanto, não faz nenhuma apresentação sozinho. Além dele, cada artista tem mais afinidade por um tipo de “instrumento” e todos têm a mesma importância, seja tocando ou regendo. O concerto só terá sucesso se a equipe estiver ensaiada, treinada, afinada, engajada e sempre disposta a melhorar e encantar.

O trabalho em equipe é fundamental, mas precisa ser multidisciplinar, envolvendo todas as áreas do hospital, sendo primordial fornecer constante feedback a todas as áreas.

E quem decidir capitanear esse processo enriquecedor jamais pode se esquecer da frase de Eileen Bistriscky: “Os melhores líderes não são os melhores em tudo. Eles procuram pessoas melhores em diferentes coisas e as coloca todas no mesmo time”.

Feliz Dia do Hospital!

Foto: Matheus Campos

 

 

 

 

Dr. Gabriel Redondano Oliveira é coordenador do Departamento de Anestesia e Diretor Técnico Médico do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP)

Redação

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