Hospital Estadual de Formosa acolhe pacientes de longa internação através da arteterapia

A hospitalização pode ser um período desafiador para os pacientes, envolvendo estresse emocional, isolamento social, desconforto físico, falta de controle e impacto na qualidade de vida. Além disso, a separação da rotina diária e entes queridos podem levar à ansiedade e solidão. Pensando em oferecer um cuidado abrangente, o Hospital Estadual de Formosa (HEF), unidade do governo de Goiás, administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), destaca a importância de meios complementares para minimizar os impactos da hospitalização e oferecer uma jornada humanizada aos pacientes.

Assim em setembro de 2023, surgiu a arteterapia, uma abordagem psicoterapêutica que une o exercício da criatividade, através de atividades para colorir e pintura, com a escuta atenciosa da equipe de saúde. Aplicada, inicialmente na UTI e posteriormente estendida às clínicas médica e cirúrgica, propõe aos pacientes de longa permanência o desenvolvimento de atividades artísticas manuais, com objetivo de criar vínculo e resgatar a subjetividade do indivíduo. Os desenhos e atividades são escolhidos cuidadosamente, levando em consideração os gostos de cada paciente, com o propósito de trazer a memória aspectos de sua individualidade. As sessões de atividades acontecem conforme a demanda dos pacientes, após as visitas diárias beira leito, se identificada à oportunidade de aplicá-las, as atividades são propostas.

Através dessa expressão de criatividade é possível observar a redução do estresse, estímulo da coordenação motora, socialização, melhora do humor e diminuição da ansiedade. Para Luciano Dutra, diretor do HEF, projetos como esse reafirmam a missão da unidade, que é impactar positivamente a jornada do paciente.

“Todo empenho dedicado em projetos de humanização tem como objetivo construir um ambiente que vai além do tratamento convencional, buscando verdadeiramente humanizar o cuidado em saúde, enxergando a singularidade de cada indivíduo. Uma atitude simples, mas que faz toda a diferença no tratamento do paciente”, avalia Luciano.

A importância da arteterapia

Luiza Khalil, psicóloga da unidade, pontua que a arteterapia no HEF atua com ferramenta importante na busca pela humanização em hospitalizações prolongadas. O serviço de psicologia, ao imprimir nos desenhos imagens e símbolos que caracterizam cada paciente, resgata parte da história daquele indivíduo.

“A arteterapia no HEF se destaca como um eficaz recurso psicoterapêutico, especialmente em contextos de hospitalizações prolongadas. Com enfoque nos aspectos motores, cognitivos e psíquicos, o serviço de psicologia busca resgatar a subjetividade do paciente. A seleção de desenhos, baseada em suas histórias, hobbies e simbolismos pessoais, visa humanizar o atendimento, proporcionando uma abordagem integral durante o período da hospitalização”, pontua Luiza.

A arteterapia tem sido um pilar na humanização do tratamento dos pacientes do HEF. O paciente Bruno Cardoso de Lima compartilha sua experiência positiva para este projeto. “A arteterapia no hospital é mais do que uma atividade; é uma jornada de transformação pessoal. Quando me dedico à arte, sinto que posso deixar meus problemas de lado e me concentrar completamente no desenho. Isso me proporciona um refúgio das rotinas hospitalares e tem um impacto grande em meu bem-estar geral”, destaca Bruno.

Iniciativas com o essa, refletem o compromisso do HEF em oferecer cuidados que vão além do tratamento médico convencional, enfatizando a importância de abordagens que acolham o aspecto emocional e psicológico em conjunto com o cuidado a saúde física.

Redação

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