Santa Casa de Valinhos melhora eficiência em 30% e reduz custos em 10% com novo modelo de gestão

A Santa Casa de Valinhos vive um novo momento. Desde fevereiro de 2025, a instituição passou a adotar um modelo de terceirização de serviços médicos que resultou em avanços significativos: aumentou em 30% a eficiência dos atendimentos e conseguiu uma redução de 10% nos custos operacionais.

Segundo o superintendente da Santa Casa, Elias de Souza Maciel, a decisão foi tomada após perceber que o formato anterior apresentava baixa eficiência e alto custo. “O que mais nos preocupava era garantir qualidade assistencial e, ao mesmo tempo, conseguir manter a previsibilidade financeira do hospital. Com a mudança, conseguimos atingir os dois objetivos”, afirma.

O gestor destaca que, além dos números, houve melhora perceptível na experiência do paciente. “Trabalhamos muito a comunicação e a humanização. Hoje, o paciente sente que é ouvido, que participa do processo de cuidado, e isso faz diferença. Também não tivemos mais problemas com escalas médicas ou ausência de profissionais, o que garante segurança e continuidade no atendimento”, explica Maciel.

Outro ponto ressaltado pelo superintendente é o acesso mais ágil a diferentes especialidades. “Antes tínhamos dificuldades em contar com especialistas em determinados momentos. Agora, com a parceria, conseguimos garantir que o hospital esteja sempre amparado por profissionais qualificados”, acrescenta.

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A gestão desses serviços foi assumida pelo Grupo Surgical, responsável pelas áreas de cirurgia geral, cirurgia de cabeça e pescoço, oftalmologia, otorrinolaringologia e interconsultas médicas. O presidente do grupo, Dr. Bruno Pereira, explica que a eficiência e a redução de custos estão diretamente ligadas à qualificação dos médicos envolvidos.

“Em muitos hospitais, a busca por redução de custos leva à contratação de mão de obra mais barata, mas nem sempre isso se traduz em economia real. Profissionais menos qualificados podem gerar mais reinternações, exames desnecessários e complicações. Nosso diferencial é que todos os médicos têm registro de especialidade (RQE) e passam por atualizações constantes, em reuniões científicas semanais baseadas em protocolos internacionais. Dessa forma, além de proporcionar um serviço melhor com um custo menor para a instituição, oferecemos uma experiência muito mais positiva para o paciente”, afirma.

O vice-presidente do grupo, Dr. Rafael Ruano, complementa com um exemplo prático. “Um paciente com colecistite aguda (inflamação na vesícula) pode ter alta sem cirurgia, caso o médico siga protocolos antigos ou não esteja comprometido com a resolutividade. O problema é que esse paciente volta a internar, muitas vezes em situação mais grave. Se a cirurgia for realizada no momento certo, o custo para o hospital é menor e o tratamento, mais seguro e moderno. É isso que implementamos na Santa Casa de Valinhos”, diz. “Os hospitais precisam modernizar suas gestões. Sabemos o quanto é difícil equilibrar receitas e despesas nesse setor, mas há alternativas muito eficientes para todos os envolvidos”, comenta.

Planos de crescimento

Animada com os resultados, a Santa Casa de Valinhos já planeja novos passos. O objetivo é transformar a instituição em um hospital de ensino, com programas de residência médica e multiprofissional, por meio de uma parceria com a Surgical Educação, que é a empresa de ensino do Grupo Surgical.

“Através do Grupo, já iniciamos parcerias com entidades como a American Heart para oferecer cursos de capacitação, e trabalhamos para o credenciamento junto ao MEC (Ministério da Educação). Isso vai permitir reciclar técnicas, formar novos profissionais e fortalecer ainda mais o papel da Santa Casa na região”, adianta Maciel.

Redação

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