Uso de soluções de suporte à decisão clínica supera 80% em hospitais privados, revela pesquisa da Wolters Kluwer e ANAHP

A terceira edição da “Pesquisa sobre qualidade, segurança do paciente e a importância das ferramentas de suporte à decisão clínica“, produzida pela Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) em conjunto com a Wolters Kluwer, revela um cenário de elevada adesão à tecnologia no setor de saúde. Mais de 81% das instituições entrevistadas já utilizam ferramentas de suporte à decisão clínica e todas avaliam que essas soluções podem auxiliar as instituições a alcançarem melhorias operacionais e redução de custos relacionados à assistência médica.

De acordo com a Head of Strategy – Health International & Strategy and Sales Director – LATAM da Wolters Kluwer, Natália Cabrini, a inclusão de recursos tecnológicos à rotina médica é essencial para a segurança dos pacientes e a qualidade dos serviços oferecidos. “O acesso à tecnologia, assim como ao conhecimento baseado em evidências, tem sido amplamente adotado para minimizar a variabilidade do cuidado por meio de protocolos institucionais. Dessa maneira, mensurar o quão avançados os hospitais estão nesse caminho foi um dos principais objetivos da pesquisa”, explica.

O estudo contou com a participação de 102 hospitais privados, associados à ANAHP, e foi organizado com base nas respostas de um questionário estruturado, de múltipla escolha, aplicado entre os meses de maio e junho de 2025, via formulário online.

Principais benefícios da tecnologia

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Fatores como a redução da variabilidade clínica indesejada, aumento da confiança para a decisão médica e a confirmação de diagnóstico ou tratamento foram os mais mencionados pelos respondentes como os principais motivos pelos quais 81% deles utilizam ferramentas de suporte à decisão clínica.

Além disso, 78% dos hospitais indicam que a equipe clínica consegue aprimorar o cuidado ao paciente por meio de soluções de suporte à decisão clínica através da melhoria do cuidado prestado, e 74% dos respondentes apontam que a segurança daqueles que buscam atendimento médico pode ser aumentada. Para 99% dos entrevistados, a adoção de novas tecnologias é percebida pela equipe clínica pelo menos com grau moderado de aceitação. As práticas de Medicina Baseada em Evidências (MBE) podem contribuir para essas propostas, na opinião de 91% das instituições.

“De maneira geral, o acesso a informações baseadas em evidências, por meio do uso de ferramentas de suporte à decisão clínica, é visto positivamente pela equipe clínica, uma vez que o conhecimento técnico e apurado fornecido pode aprimorar significativamente a melhoria da qualidade do cuidado e, ao mesmo tempo, contribuir para o aumento da segurança do paciente”, reforça Natália.

Percepções ligadas ao retorno sobre investimento (ROI) também foram fornecidas pelos 102 participantes do estudo. Para eles, os três principais indicadores para avaliar essa métrica são o aumento da segurança do paciente e qualidade assistencial, a redução do tempo de diagnóstico e/ou desfecho clínico e o volume de erros ao longo da jornada de cuidado do paciente.

Desafios do acesso às ferramentas

Em relação aos desafios para otimizar o uso de tecnologias, considerando o fluxo de trabalho clínico, 93% dos hospitais revelam que aumentar o engajamento do corpo clínico na adesão de mudanças de processos ou de novas tecnologias é o principal obstáculo.

Neste contexto de inclusão de ferramentas digitais nas instituições de saúde, a questão dos custos também foi abordada pela pesquisa da Wolters Kluwer e da ANAHP. Para 89% dos entrevistados, equilibrar custos e manter altos níveis de qualidade do cuidado é o principal desafio para os próximos três anos em relação ao atendimento e à segurança do paciente.

Entre os desafios para garantir essa segurança, os três mais relevantes para os hospitais são o fomento de uma cultura de comunicação clara e consistente entre as equipes de atendimento, a adesão de protocolos clínicos da instituição e a redução e/ou prevenção de eventos adversos.

“Mesmo com o avanço nas iniciativas que visam a melhora da qualidade dos cuidados com o paciente, é importante reconhecer que desafios se apresentam, principalmente aqueles relacionados ao equilíbrio entre custos e qualidade do cuidado, à redução do desperdício de recursos e a automatização de processos, e eles exigem ainda mais atenção das instituições”, pontua a executiva da Wolters Kluwer.

Papel da telemedicina

Já utilizada atualmente e com projeções de aumento do uso nos próximos anos, a discussão sobre telemedicina também foi realizada pela pesquisa. Para os respondentes, treinamento remoto da equipe clínica, contato com profissionais de outros hospitais de excelência e interconsulta entre colegas de diferentes especialidades vêm sendo os destaques para a aplicação dessa modalidade entre os participantes.

“A aderência a recomendações e melhores práticas de assistência são protagonistas na melhoria geral dos resultados na área da saúde. Estratégias como o acesso ao conhecimento baseado em evidências e a adoção de soluções de suporte à decisão clínica e telemedicina permitem que médicos e gestores hospitalares tenham em mãos toda a informação necessária para garantir um atendimento de qualidade e padronizado com o que há de mais atualizado na prática clínica”, conclui Natália.

A pesquisa na íntegra pode ser acessada neste link.

Redação

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