O mercado de planos de saúde médico-hospitalares voltou a apresentar recuo em fevereiro de 2018 na comparação com o mesmo mês do ano passado. Apesar de modesto, o recuo de 0,1% confirma a previsão do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) de que o avanço (também modesto, de 0,1%) registrado nos 12 meses encerrados em janeiro deste ano, apesar de importante, não pode ser encarado como o início de um processo consistente de retomada dos mais de três milhões de vínculos perdidos desde dezembro de 2014.
“O setor deve permanecer ‘andando de lado’ por mais algum tempo”, antecipa Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS. “A economia nacional está apresentando resultados positivos, mas enquanto não houver um movimento sólido de retomada dos empregos formais nos setores de comércio e serviço dos grandes centros urbanos, ainda será muito cedo para falar em uma recuperação efetiva dos beneficiários de saúde suplementar”, completa.
De acordo com dados da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo IESS com base em números que acabaram de ser atualizados pela ANS, houve rompimento de 36,6 mil vínculos com planos de saúde médico-hospitalares nos 12 meses encerrados em fevereiro. O que levou o total de beneficiários no país a 47,4 milhões.
Apesar do resultado, Carneiro é contundente em afirmar que não há motivo para pessimismo. “Ainda que longe de um processo consistente de retomada, o cenário atual é mais positivo do que aquele dos anos anteriores e, embora oscilante, o setor começa a ensaiar uma recuperação lenta e gradual”, pondera.