Boletim ABIIS revela que setor de Dispositivos Médicos cresceu 2,7%, em 2017

A Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) acaba de concluir o Boletim Econômico do setor relativo ao ano passado. Os dados refletem um reaquecimento depois de fortes quedas ocorridas em 2015 e 2016. O índice de consumo de Dispositivos Médicos – que inclui materiais, suprimentos, equipamentos para o setor de saúde, além de reagentes, próteses e implantes e reflete o comportamento do mercado brasileiro de produtos para a saúde – teve crescimento de 2,7%, no ano passado, em relação à 2016.

Entre os segmentos do setor de saúde, o consumo dos produtos para Diagnóstico in Vitro teve elevação de 4,4% e o de Próteses e Implantes alta de 2,2%. O Boletim da ABIIS começou a ser produzido em 2012 e, fazendo um paralelo com os dados médios levantados naquele período, constata-se que a atividade do setor encontra-se em patamar de 6,6% inferior ao verificado naquele ano, devido ao recuo de 10,7% nas importações.

Para o diretor-executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes, a elevação de 2,7% poderia parecer expressiva, em ano de crise, mas não foi. “Estávamos com os índices muito baixos e crescer quase 3% representa um suspiro”, contextualiza Cerqueira Gomes. “O mais importante é a perspectiva de continuar crescendo, o que representa um alento para todo no setor”, completa.

Emprego em alta

A elevação também se refletiu no mercado de trabalho, com alta de 1,2%, no ano passado, em relação a 2016. O Boletim ABIIS constata a abertura de 1.565 novas vagas nas atividades industriais e comerciais do setor de Dispositivos Médicos. O total de trabalhadores nessa atividade foi de 133.793, em dezembro de 2017. Em 2016, eram 132.228 empregados. Entre os segmentos, destaca-se a criação de 872 postos de trabalho no comércio atacadista de instrumentos e materiais para uso médico, cirúrgico e odontológico.

Planos de saúde pressionam inflação

O Boletim ABIIS também revela que o reajuste nos planos de assistência médica pressionou a inflação IPCA, medida pelo IBGE, principalmente o item Saúde e Cuidados Pessoais. No acumulado dos anos de 2015 a 2017, a inflação IPCA teve elevação de 19,91%, enquanto o grupo Saúde e Cuidados Pessoais registrou variação de 26,79%; o grupo Alimentação e Bebidas 18,78%; Habitação 27,42%; e Transportes 18,48%. O consumidor paga, em média, segundo o IPCA, 39,23% mais caro nos planos de saúde do que pagava há três anos. Desconsiderando o subitem Planos de Saúde, a inflação do grupo Saúde e Cuidados Pessoais cai de 26,79% para 20,93%, muito próxima à variação do IPCA de 19,91%, nos últimos 3 anos.

No acumulado de 2017, os preços de implantes ortopédicos sofreram acréscimo de 0,6%, frente a uma variação positiva de 1,8% do IPCA. Os demais produtos tiveram reajustes superiores ao IPCA. Os preços de hospitalização e cirurgia aumentaram 4,1%, os de imagem 3,4% e os de exames de laboratório 3,1%. Mas a elevação das mensalidades dos planos de saúde foi a mais expressiva novamente do grupo Saúde e Cuidados Pessoais com alta de 13,5%.

Redação

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