Arte e solidariedade em prol da vida: Bolshoi em benefício à Santa Casa de Porto Alegre

Proporcionar atendimento humanizado e de ponta aos bebês e gestantes é o principal objetivo do evento beneficente que levará a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil ao palco do Teatro do Bourbon Country. O espetáculo Grande Suíte do Ballet Don Quixote, com nova versão coreográfica do russo Vladimir Vasiliev, será trazida a Porto Alegre pela Martinelli Advogados e pela Opus Promoções, nos dias 30 e 31 de maio. Os ingressos já estão à venda e todos os recursos arrecadados serão revertidos em prol da Maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS).

A fim de proporcionar ambientes mais acolhedores, com melhores fluxos assistenciais que levem em conta as necessidades da mãe e bebê, e também para atender as novas legislações em vigor, a Área Materno Infantil da Santa Casa está sendo totalmente reformada por meio de recursos federais originários da Bancada Gaúcha. No entanto, para equipar as novas áreas que estão sendo reformadas, como a UTI Neonatal que atende bebês de alta complexidade e de baixo peso, a Santa Casa conta com o apoio da comunidade, que faz doações ao Fundo da Criança, no site Amigos da Boa Causa e também em eventos com renda revertida.

A história de “Don Quixote”

A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil irá apresentar a “Grande Suíte do Ballet Don Quixote”, com nova versão coreográfica de Vladimir Vasiliev. Na apresentação, Kitri e Basílio, protagonistas da obra, vivem uma intensa história de amor, heroísmo e ilusão, com traços hispânicos marcantes. Kitri e o pobre barbeiro Basílio enganam o rico Gamach, noivo da heroína, com quem Lorenzo, seu pai, a força se casar. Com a ajuda de Don Quixote, nobre cavalheiro, e Sancho Panza, seu fiel escudeiro, os apaixonados Kitri e Basílio se casam numa grande festa em Barcelona. “Don Quixote”, de Marius Petipa, nasceu em Moscou em 1869, quando o coreógrafo francês selecionou algumas partes da novela de Miguel de Cervantes e fez um libreto e coreografias com a música virtuosa de Ludwig Minkus para a produção no Teatro Bolshoi, em Moscou. Petipa conhecia bem a Espanha e as danças espanholas, portanto, no seu “Don Quixote” reviveu o espírito da Espanha, a brilhante teatralidade das multidões dançando nas praças de suas cidades, cheias de luminosidade solar e em tavernas sob a luz das estrelas da Europa meridional. Alexander Gorsky, aluno de Petipa produziu novamente este balé em 1900, quando indicado para dirigir o Balé Bolshoi. A produção obteve tal sucesso que existe até hoje com pequenas mudanças na coreografia e direção. Porém, está incluída no repertório da maioria das companhias de dança com fama mundial. Gorsky conseguiu criar um “Don Quixote” muito democrático, alegre e cheio de cores.  O balé sempre foi adorado pelos dançarinos porque mesmo os mais modestos membros do corpo de baile conseguiam pela primeira vez se sentir criadores e co-autores da peça.  Cada qual tinha uma tarefa cênica concreta e sob sua discrição ‘criava’ um mini retrato cênico da sua personagem. Este espírito de improvisação dava uma especial originalidade às cenas de multidão em “Don Quixote”. Isso foi o que Gorsky acrescentou a esse balé, e foi o que Vladimir Vasiliev seguiu e desenvolveu mais ainda quando bailarino. Vasiliev deu continuidade a esse trabalho ao produzir a suíte para os alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.

Redação

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