No Brasil, existem 263 startups Health Techs referentes a questões médicas e de saúde. É o que mostra o Liga Insights Health Techs, maior estudo já feito no Brasil sobre startups do segmento. Realizado pela Liga Ventures, aceleradora especializada em gerar negócios entre startups e grandes empresas, analisou 10.085 startups brasileiras e entrevistou mais de 20 empreendedores, profissionais e pesquisadores da área, buscando compreender como o mercado da saúde está inovando e de que forma as Health Techs estão sendo desenvolvidas e aplicadas no Brasil.
O mapeamento das startups foi realizado a partir de diversas fontes, como inscrições para os programas de aceleração e eventos da Liga Ventures, a plataforma DisruptBox, recomendações, notícias em portais de negócios, bases abertas e busca ativa de startups. “Para conduzirmos o estudo, dividimos o setor de saúde em cinco grandes atores, que, individualmente, permitem que os processos da área sejam integrados. São eles: usuários, intermediários, operadores, distribuidores e fornecedores. Depois, os conectamos com 18 categorias de soluções oferecidas por startups”, explica Raphael Augusto, startup Hunter da Liga Ventures e responsável pelo Liga Insights.
As categorias são: bem estar físico e mental, BI, AI, BIG DATA, Analytics, Buscadores e Agendamentos, Espaços, Glicemia, Hard Science, Informação, treinamento, aprendizado, IOT para monitoramentos de locais, produtos e pacientes, marketplace de medicamentos, nutrição, planos, prontuário e prescrição, próteses, saúde on demand, Sistema de gestão para hospitais, clínicas, consultórios e laboratórios, sistema de imagem e laudo e telemedicina, e autismo.
Health Techs pelo Brasil
De acordo com o estudo, a categoria de Sistemas de Gestão (17%) e Hard Science (15%), são as com maior número de startups, seguidas pelas soluções de Bem-estar Físico e Mental (10%) e Buscadores e Agendamentos de consultas (10%). As categorias com o menor número de startups são de (2%), Glicemia (1%) e espaços para saúde (1%).
O levantamento apontou ainda que São Paulo é a cidade com o maior número de startups do segmento com 43%, seguido por Belo Horizonte com 9% e Rio de Janeiro, com 6%. Seguindo a lista, os 5 maiores berços de Health Techs no Brasil são: Recife (5%), Florianópolis (5%), Porto Alegre (3%), Curitiba (3%), Ribeirão Preto (3%). No total, 37 cidades brasileiras apareceram no mapeamento como sedes de startups relacionadas a saúde. No ranking de estados, temos como destaques São Paulo com 52%, seguido por Minas Gerais com 12% e Rio de Janeiro com (7%).
“A aplicação de inovações advindas de Health Techs ainda são tímidas no Brasil por inúmeros fatores, entre eles; regulamentação, altos investimentos, prazos longos para desenvolvimento, processos burocráticos e concentração em grandes players. Mas, apesar destes pontos, o mercado está se movimentando para sair da inércia e começa a se abrir, buscando por mudanças, com dois primeiros objetivos: busca pela eficiência operacional e integração”, comenta Rogério Tamassia, co-founder e CEO da Liga Ventures.
72% das organizações de saúde já utilizam inteligência artificial em seus assistentes virtuais
De acordo com o relatório Digital Health Technology Vision 2017, realizado pela Accenture em todo mundo, 72% das organizações de saúde já utilizam inteligência artificial em seus assistentes virtuais e 84% dos executivos da área de saúde entrevistados acreditam que IA (Inteligência Artificial) poderá revolucionar a maneira que eles obtêm informações e a maneira como irão interagir com seus pacientes.
No Brasil, essa realidade vem crescendo todos os dias. Um exemplo é a Qual Farmácia, startup que liga estoques das farmácias com a busca das pessoas de maneira remota, incluindo o varejo de medicamentos no mundo digital. Hoje, a Qual Farmácia já possui mais de 300 farmácias cadastradas e tem mais de 30 mil usuários em sua base. A startup é investida da Porto Seguro e da Plug and Play.
O estudo completo pode ser acessado pelo link: insights.liga.ventures/healthtechs