Cirurgia robótica torácica é realizada em criança menor de cinco anos no Mater Dei

O que parecia ser uma consulta de rotina para o pequeno Heitor, de apenas 1 anos e seis meses, revelou-se uma busca por melhor tratamento, qualidade, segurança e assertividade. Em março deste ano, os pais da criança, Graciele Cristina Silva Barbosa e Vinícius Martins de Vasconcelos, procuraram o pronto-socorro do Mater Dei Contorno, em Belo Horizonte (MG), pois o filho apresentava dificuldade para respirar. “Pensei que era uma sinusite, ele estava com a respiração comprometida e muita tosse”, explica Graciele.

Após repetir os exames e ficar internado por quatro dias em observação, Heitor foi diagnosticado com Tumor de Mediastino, um tipo de neoplasia torácica que acomete a área entre os pulmões onde está localizado o coração, o esôfago, a traqueia, o timo e a aorta torácica (mediastino). O tratamento indicado para esse caso foi a cirurgia oncológica para retirada do tumor. “Já estava grande, do tamanho do coração. Procuramos opiniões diferentes e todos apresentavam a opção da cirurgia aberta. Mesmo assim buscamos opiniões com médicos diferentes, até que nos foi sugerida a opção da cirurgia robótica”, relatam os pais.

Heitor foi a primeira criança do Brasil, menor de cinco anos, a ser submetida a uma cirurgia robótica torácica. O procedimento foi realizado no dia 14 de julho na Rede Mater Dei de Saúde. “A abordagem de pacientes com tumores de mediastino é feita em sua maioria por meio de ressecções de tumores de forma minimamente invasiva. Nesses casos, as vantagens da cirurgia robótica são muito bem estabelecidas, facilitando em muito o procedimento cirúrgico. Alguns dos benefícios da escolha são melhor controle da dor, melhor recuperação, além de maior segurança cirúrgica”, explica o cirurgião torácico da Rede, Daniel Bonomi, responsável pela cirurgia de Heitor.

Além dele, também participaram do procedimento Bráulio Mesquita e Marco Aurélio Neves, médicos que fazem parte da equipe de Anestesiologia, Mariângela Fernandes, médica que faz parte da equipe de cirurgia pediátrica e médicos da equipe de oncologia torácica, Astualdo Macedo, Andrey Barbosa, Paulo Renato Cadeira, Rodrigo Loiola e Phillipe Winter.

Recuperação

Após a realização da Ressecção do Tumor de Mediastino, Heitor ficou quatro dias internados. “A recuperação foi muito rápida. A cirurgia aconteceu em um sábado e, na quarta, meu filho teve alta. A respiração normalizou rapidamente. Ele também não precisou de tomar nenhum remédio após sua alta hospitalar, nem mesmo para dor”, reforça Graciele.

O robô traz avanços nas cirurgias em diversas especialidades. Com uma visão privilegiada de campo cirúrgico e mais conforto e ergonomia para o cirurgião, quem mais se beneficia é o paciente. “A cirurgia robótica agrega qualidade em cirurgias oncológicas, além de segurança no procedimento cirúrgico, trazendo como benefício principal uma recuperação muito mais adequada”, explica Daniel Bonomi.

Graciele e Vinícius comemoram o resultado do procedimento. “Nosso filho está muito bem, as cicatrizes são mínimas e o desenvolvimento dele segue normal”, finalizam os pais de Heitor.

Pioneirismo

Ser o primeiro hospital do Brasil a realizar uma cirurgia torácica robótica em criança menor que cinco anos reforça o compromisso pela alta qualidade de atendimento oferecido na Rede Mater Dei de Saúde. “A possibilidade de ampliar as indicações da cirurgia robótica do tórax até para as crianças agregando benefícios como recuperação mais adequada e melhor controle de dor é o mais gratificante”, reforça o médico.

A Rede Mater Dei de Saúde também é a única rede hospitalar de Minas Gerais que possui o equipamento mais moderno do segmento, o Da Vinci Xi. Inaugurado em agosto de 2017, o Serviço de Cirurgia Robótica realiza procedimentos nas áreas de cirurgia geral, cirurgia torácica, coloproctologia, urologia e ginecologia. Aliar os avanços tecnológicos com um corpo clínico assistencial de alta qualidade e atendimento humanizado são as premissas da Rede Mater Dei de Saúde sempre com foco no cliente.

Incisões pequenas, menor manipulação dos tecidos operados, acesso a regiões onde utilizando outras técnicas é difícil ou impossível, maior controle evitando lesões de estrutura nobres, como nervos e retirada de tecidos comprometidos, como linfonodos. Tudo isso faz com que a cirurgia robótica seja considerada um grande avanço dos tratamentos cirúrgicos.

Os movimentos do robô são controlados através de um console na sala cirúrgica durante todo o procedimento por médicos cirurgiões treinados e capacitados para utilizar o equipamento. O cirurgião maneja os quatro braços mecânicos do Da Vinci Xi, que podem conter câmeras, pinças e outros instrumentos cirúrgicos.

A partir da mesa operatória, o cirurgião consegue, se julgar necessário, mudar o posicionamento do paciente durante a cirurgia sem que haja interrupção do procedimento cirúrgico, já que os braços do robô acompanham a alteração de posição da mesa.

Redação

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