Artigo – Como radiologistas e patologistas podem vencer no jogo da pista

A radiologista Dr. Anne G. Osborn certa vez comparou a profissão de radiologia ao popular jogo Detetive. Em uma entrevista em 2008, a Dr. Osborn brincou: “É nosso trabalho (como radiologistas) dizer: ‘Sra. Green fez isso na sala de jantar com a chave inglesa”.

É um fato que os radiologistas são como “detetives clínicos” que reúnem imagens médicas de pacientes, resultados de exames e outras pistas – como evidências clínicas existentes e referências – para avaliar e diagnosticar as condições. No entanto, está se mostrando desafiador resolver com precisão e eficiência cada “mistério médico”.

A explosão da base de conhecimento médico denota uma era de pistas infinitas. Com a literatura biomédica em breve esperada para dobrar a cada 73 dias, radiologistas, patologistas e outros profissionais de saúde estão sendo bombardeados com pistas que tornam tecnicamente impossível manter-se.

Além disso, o fornecimento de pistas exatas que são relevantes para o paciente e sua condição médica é um processo demorado que requer um esforço significativo para coletar, examinar e avaliar todas as evidências disponíveis. Em um ambiente em que o ditado “o tempo é essencial” assume um significado totalmente diferente, reduzir o tempo gasto nesse empreendimento não é apenas essencial para proporcionar um atendimento eficaz, mas também salvar vidas.

Embora as informações sejam prontamente acessíveis por meio de mecanismos de pesquisa genéricos, essas plataformas são incapazes de fornecer resultados de pesquisa específicos dos quais os radiologistas e os patologistas dependem. Como tal, a informação que é importante e aplicável, muitas vezes não aparece, enquanto informações irrelevantes não vinculadas e possivelmente erradas são facilmente acessadas.

Felizmente, no entanto, existem maneiras de se jogar de forma inteligente e vencer no Detetive.

Avanços na tecnologia estão impactando positivamente a maneira como os radiologistas e os patologistas exercem suas práticas. Uma área fundamental é o Sistema de Apoio à Decisão Clínica (CDSS), que se tornou um componente integral da assistência médica nos últimos tempos. Os níveis crescentes de inovação e adoção de ferramentas de suporte a decisões com base em conhecimento específico estão levando as informações certas à pessoa certa no formato certo por intermédio do canal certo no momento certo – permitindo finalmente radiologistas e patologistas a realização do diagnóstico correto e consequente cuidado.

Soluções de Apoio a Decisão Clínica fornecem aos profissionais de saúde a maneira mais rápida possível de eliminar a desordem e chegar às pistas importantes. A utilização dessas tecnologias certamente melhoram os resultados dos pacientes através de cuidados baseados em evidências, um ganho inestimável para a saúde em âmbito mundial.

Paula J. Woodward é Diretora Médica de Clinical Solutions na Elsevier

Redação

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