A aviação comercial brasileira transportou gratuitamente 8,7 mil itens para transplantes (órgãos, tecidos, equipes médicas, entre outros) no Sistema Único de Saúde (SUS) do país em 2018. Os dados são da Central Nacional de Transplantes (CNT) e mostram que AVIANCA, AZUL, GOL, LATAM e PASSAREDO, integrantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), foram responsáveis pelo transporte de 79,6% dos itens (pouco mais de 20% foram transportados por companhias aéreas estrangeiras, Força Aérea Brasileira, voos particulares, Correios e transporte terrestre). Ao todo, foram transportados 10.948 itens no ano passado.
Fundadoras e associadas da ABEAR realizaram 4.495 voos com algum tipo de apoio para os transplantes em 2018. O número representa 86% do total de movimentos. “A participação das empresas aéreas da ABEAR no sistema de transplantes é fundamental em um país de dimensões continentais como o Brasil. Só a agilidade do transporte aéreo permite que um órgão percorra grandes distâncias em tempo hábil para um transplante”, diz o diretor de Segurança e Operações de Voo da ABEAR, Comandante Ronaldo Jenkins.
Asas do Bem
Órgãos, tecidos, equipes médicas e insumos são transportados gratuitamente pela aviação comercial para a realização de transplantes no SUS. Tal apoio ajuda o Brasil a figurar como detentor do maior sistema público de transplantes do mundo. A contribuição da aviação teve início ainda em 2001. O esforço, hoje formalizado em acordo de cooperação renovado anualmente, inclui, além das companhias aéreas, Ministério da Saúde, Central Nacional de Transplantes (CNT), Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), órgão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e operadores aeroportuários. Em 2014, a ABEAR lançou o programa Asas do Bem, com o objetivo de divulgar o transporte gratuito de órgãos realizado diariamente no país por suas associadas.