A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a segunda lista de Exames Laboratoriais Essenciais. O documento deste ano foi expandido para incluir testes responsáveis pelo diagnóstico e monitoramento de doenças como o câncer e outros desafios globais de saúde, com ênfase em soluções eficazes, priorização racional e acesso ideal para aos pacientes.
Para Wilson Shcolnik, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, “esses documentos servem de orientação para os países no sentido de priorizarem serviços fundamentais que devem estar disponíveis de forma ampla e acessível em todos os sistemas de saúde”.
A primeira lista de diagnósticos essenciais publicada em 2018 continha 113 testes concentrados em um número limitado de doenças prioritárias como HIV, malária, tuberculose e hepatite. Nesta segunda edição, a OMS adicionou 115 testes ao documento, 12 deles destinados a ampliar a detecção precoce de câncer, especialmente de tumores sólidos e das células germinativas, tais como o câncer colorretal, do fígado, do colo do útero, da próstata, da mama, leucemia e linfomas.
Também foram inseridos no documento exames para detecção de doenças infecciosas adicionais predominantes em países de baixa e média renda, como cólera, e doenças negligenciadas como leishmaniose, esquistossomose, dengue e zika. Além disso, uma nova seção para testes de influenza foi adicionada para ambientes de saúde das comunidades onde não há laboratórios disponíveis.
A atualização desta lista vem de encontro às ações da entidade, como a campanha #ImportantePrevenir. “Iniciativas como essas buscam otimizar a utilização de recursos, a cobertura universal de saúde, ferramentas corretas para diagnóstico e tratamento adequado ao paciente”, afirma Shcolnik.
Outros exames
O documento da OMS contempla exames laboratoriais utilizados para diagnóstico e controle de outras condições como anemia e mau funcionamento da tireoide.
Foi criada uma seção específica para testes destinados a triagem de doações de sangue. Segundo Wilson Shcolnik, “essa medida faz parte de uma estratégia da OMS para tornar as transfusões de sangue mais seguras”, avalia.