A utilização de um recurso inédito no Rio Grande do Sul trouxe mais segurança, redução do tempo de internação e menos exposição a exames com contraste para pacientes que precisam passar pela correção de um aneurisma toracoabdominal. A equipe de Cirurgia Vascular do Hospital Moinhos de Vento passou a realizar a tomografia rotacional no final dos procedimentos utilizando a imagem 3D do aparelho de Hemodinâmica. O primeiro paciente beneficiado teve alta nesta semana.
Em um caso complexo, considerado de difícil tratamento, o paciente foi diagnosticado com um aneurisma de 10,5 centímetros. O risco de ruptura no ano era de 70%. O cirurgião vascular Alexandre Araújo Pereira optou pela intervenção de urgência, adaptando uma prótese já existente à anatomia do paciente. Realizado com sucesso, o procedimento foi acompanhado por médicos de outros hospitais da Capital e do interior.
Para dar mais precisão e segurança, a equipe utilizou o recurso de tomografia rotacional incorporado ao aparelho da Hemodinâmica. “A imagem em 3D permite identificar falhas antes do final da intervenção e fazer eventuais correções. Também evita que o paciente tenha que se submeter a exames com contrastes no pós-operatório, o que reduz a exposição dos rins às substâncias utilizadas. São, no mínimo, três dias a menos de internação”, explica Alexandre.
O paciente está bem e já retomou a sua rotina. Depois deste caso, o procedimento passou a ser padrão no Hospital Moinhos de Vento. Um terço das intervenções deste tipo no Rio Grande do Sul são realizados na instituição. O aneurisma toracoabdominal atinge as ramificações da aorta que enviam sangue para os órgãos abdominais como fígado, rins e intestinos.