Um estudo sobre testes utilizados para diagnóstico de algumas doenças hematológicas inova ao apresentar dados de uma população brasileira e fez parte da programação científica do congresso anual da American Association for Clinical Chemistry (AACC), na Califórnia (EUA). O trabalho, apresentado como pôster, ‘Frequência de Anormalidades nas Cadeias Leves Livres em Pacientes com Altos Níveis de Paraproteinemia Sérica Detectada por Eletroforese Capilar’, foi elaborado por profissionais do Grupo Fleury.
Os achados do trabalho são importantes para pacientes com suspeita ou diagnóstico de algumas doenças hematológicas, como o mieloma múltiplo, um tipo de câncer das células que produzem anticorpos, chamadas plasmócitos. Nesta doença, na maioria dos casos, existe a produção de uma proteína anômala, chamada paraproteína. Além desta proteína anômala, também são produzidas cadeias leves livres, que são como uma pequena parte dos anticorpos, em excesso. Com isso, foi demonstrado que a maioria, cerca de 95%, dos pacientes que produz grande quantidade da proteína anômala, também produz quantidades anormalmente elevadas das cadeias leves livres.
“No entanto, isto não ocorre em 100% dos casos, e esta informação é importante para evitar interpretações errôneas, já que um paciente pode produzir esta paraproteína em altas concentrações e ter dosagem de cadeias leves livres normais”, explica o assessor médico de Bioquímica do Grupo Fleury e um dos autores da pesquisa, Gustavo Loureiro. “Trata-se de trabalho relevante, pois apresenta dados de uma população brasileira”, conclui o especialista.
A comitiva do Grupo Fleury presente ao AACC 2019, que aconteceu de 4 a 8 de agosto, contou com gestores, médicos e especialistas.