Nessa sexta-feira, 27 de setembro, Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, o Hospital das Clínicas da FMUSP promoverá campanha para conscientizar e incentivar a população sobre a importância da doação de órgãos para salvar vidas.
No Brasil, o índice de recusa familiar na hora de doar os órgãos dos pacientes já falecidos chega a 43 %, segundo dados do RBT Registro Brasileiro de Transplantes, de 2018. Em São Paulo, o percentual é de 36%.
Para ajudar a mudar este cenário, com aumento do número de doadores, médicos, residentes, enfermeiros e pacientes transplantados e em fila de transplantes irão esclarecer dúvidas da população e distribuir folders educativos para maior disseminação da informação. Integrantes da OPO – Organização de Procura de Órgãos e Tecidos também participarão das atividades.
A mobilização acontecerá em frente ao Prédio dos Ambulatórios, do Instituto Central do Hospital das Clínicas, por onde circulam mais de 10 mil pessoas, a partir das 10h (Av. Enéas de Carvalho Aguiar, 255). Na estação Clínicas do Metrô também haverá orientação.
A organização é da Divisão de Transplantes de Fígado e Órgãos do Aparelho Digestivo, da Divisão de Gastroenterologia e Hepatologia Clínica e da OPO – Organização e Procura de Órgãos. A coordenação é da Dra. Débora Terrabuio, hepatologista clínica do Grupo de Transplante de Fígado.
Segundo a médica, as doenças que acometem o fígado, por exemplo, são silenciosas. A maioria dos pacientes descobre a doença em estágio avançado, o que diminui as chances de cura e aumenta a necessidade de um transplante.
Em São Paulo, o tempo médio de espera para transplante hepático é de 8 a 10 meses, a depender da gravidade do paciente. Em muitos casos, pacientes morrem a espera do órgão, explicou a médica.
O Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP realiza transplantes de fígado, medula, rim, pâncreas, pele e córnea. Em 2018, foram 536 transplantes. De janeira a agosto de 2019, o instituto realizou mais 381.
Para ser doador não é necessário deixar documento por escrito. Basta autorização dos familiares, após o diagnóstico de morte encefálica.