25 de novembro – Dia Nacional do Doador de Sangue

Celebrado nesta segunda-feira (25), o Dia Nacional do Doador de Sangue foi instituído para incentivar a doação em um momento de baixa nos estoques dos bancos de sangue, durante o período que vai das festas de final de ano até o Carnaval. Embora 1,6% da população brasileira seja doadora e o percentual estar nos parâmetros preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o incentivo torna-se necessário nessa época do ano, por conta da falta de informação sobre a importância da iniciativa.

“Infelizmente, ainda temos muita desinformação, que vão de mitos ao simples desconhecimento sobre a necessidade e o rigor necessário para que a bolsa de sangue chegue em segurança a quem realmente precisa da doação”, explica o Dr. Agnelo Filho, coordenador médico do Hemocentro São Lucas, que atua em parceria com o Hospital Leforte, em São Paulo (SP).

O médico se refere a todo o processo que inclui: cadastro do doador, pré-triagem (pressão arterial, temperatura, peso e altura) triagem (entrevista médica), coleta, fracionamento (há uma separação dos hemocomponentes do sangue coletado), testes sorológicos e imunohematológicos, armazenamento, transporte, logística e, por fim, a transfusão.  A população também desconhece outro importante tipo de doação, a de plaquetas, um componente do sangue essencial para o tratamento de pacientes oncológicos (em casos de câncer hematológico a transfusão de plaquetas é imprescindível), queimaduras graves e transplantados de medula óssea e outros órgãos.

Neste caso, a retirada do sangue ocorre como na doação convencional, ou seja, da veia de um dos braços.  A diferença é que o sangue passa por um equipamento que retém parte das plaquetas do sangue, antes de que ele retorne ao doador.

“No momento em que os canais de comunicação se multiplicam, principalmente com as mídias sociais, é importante reforçarmos a relevância deste ato solidário, um compromisso social que envolve a todos. Com uma única doação, é possível salvar até quatro vidas”, reforça o coordenador médico.

Sobre a doação de sangue:

  • A doação de sangue não oferece qualquer risco de contrair doenças infecciosas como AIDS ou Hepatite, pois todo o processo é realizado seguindo rígidas normas de segurança e higiene;
  • O volume máximo admitido por doação é de 450 ml de sangue;
  • O processo de doação tem duração aproximada de 50 minutos. A coleta de sangue em si tem duração de cerca de 10 minutos;
  • A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulheres;
  • O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres;
  • Doar sangue não engrossa ou afina o sangue. Também não faz perder ou ganhar peso;
  • Mulheres podem doar sangue mesmo em período menstrual.

Requisitos básicos

  • Estar em boas condições de saúde;
  • Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);
  • Aguardar duas horas caso a doação seja feita após o almoço;
  • Pesar no mínimo 50kg;
  • Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (jovens entre 16 anos e 17 anos – mediante autorização dos pais ou responsáveis);
  • Apresentar documento de identidade original com foto atual, emitido por órgão oficial (RG, Carteira de Habilitação, Carteira de Trabalho ou Previdência Social);
  • Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas.

Leitura complementar

HEMATOLOGIA PRÁTICA A PARTIR DO HEMOGRAMA

Autores: Erich Vinicius de Paula e Sara Teresinha Olalla Saad

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Redação

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