O Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica do Rio de Janeiro completou, na terça-feira (10), nove anos com o recorde de operações realizadas por videolaparoscopia no sistema público de saúde. Exatos 3.044 pacientes passaram por todas as etapas do programa e foram operados por videolaparoscopia, técnica mais moderna e menos invasiva, que proporciona melhor recuperação pós cirúrgica. Mais do que um número expressivo, o Programa de Cirurgia Bariátrica, coordenado pelo médico Cid Pitombo, é uma chance de voltar à vida para milhares de pessoas.
Único no Brasil a realizar todas as cirurgias por meio de videolaparoscopia na rede pública, o Estado do Rio de Janeiro passou de 20 cirurgias feitas por ano para 480, um aumento de 2.300%. O número foi alcançado em outubro, mês que é celebrado o Dia Mundial de Prevenção da Obesidade.
“É um trabalho de resgate desses pacientes, realizado com muita dedicação e seriedade por toda a equipe. Devolvemos à sociedade o paciente antes obeso que não trabalhava, que tinha vergonha de comprar roupas e que não tinha mais vida afetiva. Hoje estão empoderados, realizados e com qualidade de vida”, revela Cid Pitombo, referência nacional e internacional no combate à obesidade.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2018 foram realizadas 11.402 cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde. Até o mês de maio de 2019 foram realizados 5.073 procedimentos em todo o país. Por aqui, desde 2010, com o Programa de Cirurgia Bariátrica no Hospital Estadual Carlos Chagas, já passaram moradores de todas as regiões do Rio de Janeiro. A média de atendimentos ambulatoriais é de 2.000/mês e a taxa de sucesso é de 99%.
O combate à obesidade no Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica é feito por uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e nutricionistas. Mais de quatro mil pacientes estão em acompanhamento pré e pós-operatório. Além disso, são realizadas 40 cirurgias mensalmente.
Como ter acesso à bariátrica pelo SUS
Para se candidatar à cirurgia bariátrica no programa do Estado, o paciente deve procurar um atendimento ambulatorial próximo de sua casa para que um médico avalie a necessidade da cirurgia. Se a operação for indicada, o médico da atenção básica deve inserir o paciente na Central Estadual de Regulação, que faz o encaminhamento para o Programa de Cirurgia Bariátrica. As regras da fila são estipuladas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado de Saúde.