Em meio à pandemia da Covid-19 e ao momento de isolamento social, soluções digitais ganharam força na área da saúde nos últimos meses. Conceitos como inteligência artificial, armazenamento de dados em nuvem, big data e atendimento remoto já fazem parte do dia a dia de vários médicos no Brasil. Tais recursos permitem otimizar processos como agendamento de consultas, monitoramento de pacientes, compartilhamento de exames e resultados, prescrições e relatórios. Com a facilitação desses aspectos burocráticos, ganha-se mais tempo para um atendimento médico qualificado e humanizado.
Além de tecnologias mais conhecidas e promissoras, como o uso revolucionário da impressão 3D para transplantes de órgãos e reconstituição de tecidos, há uma série de outras inovações que também vão transformar o atendimento nas clínicas e hospitais. O benefício já é notável em diversas especialidades médicas, como no caso de terapeutas, psicólogos e psiquiatras, que fazem atendimentos por meio de aplicativos e plataformas de videoconferência. No momento de quarentena, esse tipo de acompanhamento é fundamental para ajudar a lidar com problemas de ansiedade, depressão e insônia, alguns dos quadros mais recorrentes atualmente.
Recursos tecnológicos e digitais como a telemedicina auxiliam na capacidade de atendimento de profissionais, clínicas e hospitais, além de ajudar a desafogar o sistema de saúde nesse momento em que é mais seguro permanecer em casa. Dessa forma, as pessoas podem obter orientação qualificada e procurar o médico apenas em casos de necessidade real, evitando a exposição a riscos de saúde.
Sistemas modernos de atendimento médico, por meio de recursos como a inteligência artificial, conseguem processar, organizar e centralizar as informações dos pacientes de forma simples e acessível ao profissional de saúde. Assim, consome-se menos tempo preenchendo formulários e mais dando a atenção e o cuidado necessários para um atendimento humanizado, ainda que a distância. Outra vantagem é a internet das coisas, com a atual oferta de equipamentos para monitoramento a distância de pacientes em tempo real, fundamental para quadros de cardiopatias ou doenças pulmonares, por exemplo.
A área de estudo da médica endocrinologista Marina Paixão, de Belo Horizonte (MG), é uma das mais beneficiadas, mesmo fora do contexto de isolamento social. “Minha especialidade é a diabetes e existe uma peculiaridade dessa área que exige um dado numérico. Fazemos ajustes na insulina e precisamos dos dados do paciente, que, às vezes, precisava ir à clínica apenas para entregar um exame ou os números da medição de glicose. Com a praticidade que temos hoje, felizmente isso mudou. O arquivamento em nuvem, feito diretamente em um sistema de gestão, facilita muito a vida do paciente e do médico”, explica.
Contando com bancos de informação avançados, baseados no conceito de big data, os softwares atuais são capazes de registrar e armazenar milhões de dados de forma segura e confiável, o que pode ter grande colaboração no momento de efetuar um diagnóstico. Outra vantagem é a melhoria no monitoramento e no relacionamento com o paciente. Podendo manter contato e receber assistência com mais frequência, sem precisar agendar um horário no consultório, o paciente se sente mais seguro e acompanhado. Isso é ainda mais importante em casos que precisam de observação constante, como doenças crônicas ou pós-cirúrgicos.
A telemedicina é uma modalidade que seguirá relevante mesmo após a pandemia. O potencial é enorme para oferecer atendimento em regiões distantes, especialmente em locais onde há falta de especialistas em algumas áreas da saúde, o que é comum no interior no país, ou em casos de pacientes com dificuldade de deslocamento. Apesar de não substituir uma consulta física, a ideia é que o atendimento remoto sirva como um recurso auxiliar.
Raphael Trotta, médico oftalmologista e CEO da empresa iMedicina, explica que uma plataforma de telemedicina centraliza e organiza os dados com segurança e fácil acessibilidade, de forma que o médico esteja bem informado sobre o paciente e possa atendê-lo com total atenção, cuidado e eficiência. “Dessa forma, torna-se possível um atendimento dinâmico e, ao mesmo tempo, humanizado. Ao ter um contato frequente e acessível com orientação médica qualificada, maior é a chance de adesão ao tratamento indicado. Isso fortalece a relação de confiança entre as duas partes e o paciente, quando confia no profissional, torna-se fiel”.
Nesse sentido, o desenvolvimento de softwares de telemedicina que incluem recursos como prontuário eletrônico, videoconsulta e dispensação de medicamentos é fundamental para a qualificação do atendimento a distância. O iMedicina desenvolveu uma plataforma arrojada de telemedicina que já está tratando pacientes remotamente em todo o Brasil, nas mais diversas especialidades. “A plataforma auxilia o médico a gerir a otimizar o tempo de consultório, melhorando o atendimento ao paciente e o seu próprio trabalho”, completa Trotta.
Crescimento da telemedicina no Brasil
Em abril, a plataforma do iMedicina registrou um crescimento de 107% em relação ao mês anterior. Nos primeiros dias em atividade, a empresa conquistou mais de 5 mil adesões e, em apenas 30 dias após o lançamento, o módulo atingiu 22 estados brasileiros e o Distrito Federal, com crescimento do volume de teleconsultas de cerca de 30% por semana desde o início de abril.
A plataforma de telemedicina do iMedicina foi desenvolvida em conjunto com 70 desenvolvedores da comunidade de tecnologia de Belo Horizonte (MG), que elaboraram, de forma solidária, uma plataforma abrangente, incluindo todas as boas práticas de mercado, como certificação digital, criptografia de dados, entre outros.
O iMedicina foi criado em 2016, é uma das 10 maiores empresas de tecnologia em saúde do país e atende mais de 10 mil médicos com suas soluções de tecnologia. A empresa é responsável por fornecer soluções de ERP, marketing e CRM para clínicas e consultórios de todo país, por meio de um sistema de gestão completamente gratuito para uso. Para ter acesso, basta o profissional se cadastrar em imedicina.com.br/telemedicina.