Hospital Moinhos de Vento traz especialista internacional para debater telemedicina e inteligência artificial

As restrições impostas pelo risco de contaminação pelo novo Coronavírus e a necessidade de troca de experiências e informações entre equipes de saúde do mundo inteiro evidenciaram a necessidade da telemedicina e do uso de inteligência artificial na saúde. Para não circular nos hospitais e clínicas, por exemplo, pacientes têm optado cada vez mais pelas consultas por chamada de vídeo. Em dois meses, no Hospital Moinhos de Vento, foram realizados 600 atendimentos médicos remotos nas áreas de Clínica Geral e Psiquiatria.

O assunto é tema de um debate virtual promovido pelo Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), esta terça-feira (2), e que reunirá especialistas na área. O diretor clínico do Digital Clinical Center, do Hospital da Luz, de Lisboa, Daniel Ferreira, falará sobre a experiência de Portugal, onde a telemedicina foi regulamentada em 2006. Na instituição que o cardiologista dirige, a demanda por consultas por videoconferência, que era de 20 a 30 por dia, mais do que triplicou desde fevereiro. O número de espaços dedicados ao serviço foi ampliado de sete para 22. Médicos passaram por formação no sistema de e-learning e fizeram uma triagem dos pacientes com doenças crônicas que poderiam ser atendidos sem ter de sair de casa.

Para o coordenador médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento, Felipe Cezar Cabral, a Covid-19 também ampliou as demandas internas, de profissionais da saúde, pelos rounds de telemedicina entre instituições. “Um exemplo é a telemedicina para pacientes de UTI. Expandimos um projeto com o qual já tínhamos resultados importantes em unidades pediátricas – o TeleUTIP – para o atendimento de UTIs Adulto e Neonatal, especialmente neste contexto da pandemia. É uma forma de compartilhar nossa expertise médica e assistencial no cuidado com o paciente. Discutimos casos mais complexos, trocamos ideias e nos adaptamos à realidade de hospitais 100% SUS, otimizando os recursos que eles têm. Tudo isso garante melhores desfechos”, conclui Felipe Cabral.

Também participam do debate o gerente executivo do Núcleo de Oncologia e de Inovação Médica da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Gabriel Dalla Costa, e a líder do projeto Inteligência Artificial aplicada à pandemia de Covid-19, desenvolvido pelo Hospital Moinhos de Vento, Ruchelli França de Lima. A mediação será do superintendente médico, Luiz Antonio Nasi. Transmitido pelo canal do Hospital Moinhos de Vento no YouTube, o Grand Round é aberto ao público e começa ao meio-dia.

Redação

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