Covid-19: médico do A.C.Camargo Cancer Center colabora na elaboração de protocolo de recomendações para cirurgia de cabeça e pescoço

A pandemia de Covid-19 tem causado uma pressão sem precedentes no setor de saúde em todo o mundo, exigindo, entre outras coisas, novos métodos de tratamento. No caso da oncologia cirúrgica de cabeça e pescoço, havia uma necessidade urgente de identificar recursos para evitar o alto risco de infecção para pacientes e equipe multiprofissional.

Pensando nisso, o líder do Centro de Referência em Tumores de Cabeça e Pescoço do A.C.Camargo Cancer Center, Dr. Luiz Paulo Kowalski, se juntou a outros 39 profissionais internacionais e especializados em oncologia cirúrgica, radioterapia e oncologia clínica para câncer de cabeça e pescoço, representando 35 sociedades médicas internacionais e grupos nacionais de ensaios clínicos, para a criação de um protocolo de recomendações para cirurgias oncológicas de cabeça e pescoço.

“Precisamos olhar as necessidades do paciente oncológico de forma exclusiva e, mesmo durante a pandemia, os tratamentos não podem parar. O protocolo colabora para os casos em que os procedimentos cirúrgicos são prioridade, já que os casos têm sido diagnosticados com sintomas severos e em estádio da doença mais adiantado”, explica o Dr. Kowalski. No caso dos cânceres de boca, laringe e maxila há muita urgência na cirurgia, devido às suas gravidades. “Quanto antes iniciarmos o tratamento desses tumores, mais chances temos de indicar procedimentos menos invasivos e aumentar as possibilidades de cura. No caso de um paciente com câncer de laringe em estádio inicial, por exemplo, se houver progressão tumoral, ao invés de uma laringectomia parcial, podemos ter que indicar uma laringectomia total ou usar quimioterapia e radioterapia”, conta.

De acordo com o protocolo, o programa de cirurgias oncológicas de cabeça e pescoço durante a pandemia deve incluir proteção redobrada com o uso de proteção individual (EPIs) apropriados contra a contaminação da Covid-19, já que há um risco aumentado de contaminação para anestesistas, dentistas, cirurgiões, oftalmologistas, cirurgiões de cabeça e pescoço e otorrinolaringologistas. “Há um risco de dispersão de partículas de secreção no ar muito grande, durante a intubação traqueal. Por isso, o profissional deve preservar a saúde dos pacientes e a sua própria saúde e as instituições devem apoiar suas equipes”, sugere o médico do A.C.Camargo.

Outra recomendação do médico é que o paciente operado permaneça o menor tempo possível internado. “O melhor é que ele possa fazer o pós-operatório em isolamento social em casa”, finaliza.

No A.C.Camargo Cancer Center o paciente conta com um Atendimento Oncológico Protegido, que oferece um conjunto de práticas que estão de acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Redação

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